Conselho de curadores da Fundação O Século defende manutenção da obra social

A fundação de apoio social foi alvo de buscas no início de Janeiro, por suspeitas de crimes económico-financeiros de alguns membros.

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"A nossa preocupação é a obra social da fundação", disse Rudolfo Crespo guilherme marques

O presidente do conselho de curadores da Fundação O Século, Rudolfo Crespo, disse esta terça-feira à agência Lusa que a preocupação desta estrutura é manter a obra social de que beneficiam cerca de 800 pessoas.

O conselho de curadores anunciou esta terça-feira, em comunicado, que se reuniu e pediu esclarecimentos à administração da Fundação, face às notícias divulgadas este mês sobre buscas da Polícia Judiciária na instituição, devido a suspeitas de crimes económico-financeiros cometidos por alguns elementos.

Mais tarde, o Ministério Público esclareceu que na origem das buscas estiveram suspeitas da prática dos crimes de peculato e de abuso de poder, desde 2012. Escusando-se a revelar que iniciativas tomou ou que esclarecimentos obteve o conselho de curadores, Rudolfo Crespo defendeu ser necessário "aguardar com toda a serenidade pelo inquérito" em curso.

"Não faremos nenhum inquérito policial", disse, acrescentando: "A nossa preocupação é a obra social da fundação".

Do conselho de curadores fazem parte nomes como o médico Fernando Pádua e o ex-secretário de Estado Vítor Ramalho. "É claro que estes problemas perturbam e esperamos que se resolvam rapidamente, mas o importante é que a obra social se mantenha. É essa a nossa preocupação", declarou.

Num comunicado na página na internet, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa informou, a 4 de Janeiro, que no âmbito das diligências foi apreendida "documentação contabilística/financeira e de actas relevantes para o objecto da investigação".

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