Uma rede social para quem quer um mestre budista sempre por perto

Startup DoGoodToo desenvolveu uma rede social que permite aos utilizadores obter sessões personalizadas com mestres budistas e ainda contribuir para o financiamento "de causas nobres"

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Uma startup do Porto criou uma rede social privada que permite contactar directamente com mestres budistas e obter sessões personalizadas, nas quais podem partilhar experiências e informações, com recurso a ebooks, vídeos, fotografias e podcasts.

A ideia para criação deste projecto surgiu da relação que as fundadoras da startup DoGoodToo, Sandra Lima e Susana Pinto, mantêm há 20 anos com o budismo, bem como da necessidade que sentiam em criar "algo inovador, que possa contribuir fortemente para a economia social". É que através desta rede social os utilizadores podem igualmente contribuir para o financiamento "de causas nobres", à escala global, contou à Lusa a psicóloga Sandra Lima, licenciada em Psicologia pelo Instituto Universitário da Maia (ISMAI) e Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Neste momento, a DoGoodToo conta com a participação de dois mestres "de renome internacional, com centenas de milhares de seguidores em vários continentes", número que as fundadoras pretendem ver aumentado até ao final de 2018. Além deste projecto, a startup desenvolveu uma plataforma que suporta redes exclusivas entre figuras públicas nacionais e internacionais e os seus seguidores, criando assim um novo conceito de social funding, "capaz de financiar causas sociais de uma forma clara e transparente", referiu Sandra Lima.

Essa plataforma, que segundo a psicóloga é orientada para "todos os que se interessam por notícias de celebridades e gostam de contribuir para causas sociais", vai permitir o acesso a notícias e vídeos de figuras públicas, abrangendo temas como a moda, a cultura, o desporto, a religião, o turismo, a hotelaria, a restauração e a saúde, entre outros. Outras entidades envolvidas podem ser empresas que contribuam para causas sociais, câmaras municipais e instituições particulares de solidariedade social (IPSS), com interesse em apoiar causas concretas.

De acordo com a psicóloga Sandra Lima, em 2015, 23,7% do total da população europeia (aproximadamente 119 milhões) estavam em risco de pobreza ou de exclusão social. Portugal apresentava 26,6% da população em risco. A operacionalização destas redes prevê o mercado nacional, numa primeira fase, estendendo-se posteriormente ao mercado internacional, particularmente aos países de língua portuguesa, Europa e Estados Unidos.

O projecto, que está a ser desenvolvido há cerca de seis meses e cujo lançamento está previsto para Fevereiro, tem ainda em curso uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia do Porto, para que fiquem disponíveis na plataforma as causas sociais que a instituição apoia actualmente.

As fundadoras participaram na 2.ª edição do Startup Porto Accelerator, um programa de aceleração de ideias e startups promovido pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), em parceria com o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Tecnologia e Ciência (INESC TEC). Essa participação "foi fundamental para enfocar o âmbito do projecto nos segmentos alvo de mercado mais interessantes, validar planos de negócio e desenvolver competências de Comunicação, Gestão e Marketing, fulcrais para o negócio", acrescentou Sandra Lima. 

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