O Metro de Lisboa está a estudar a possibilidade de aumentar a velocidade máxima de circulação de 45 km/h para 60 km/h, a fim de aumentar “a regularidade” dos comboios e reduzir o risco de atrasos na operação, avança o Jornal de Negócios esta terça-feira, com base no plano de orçamento da empresa.

A medida visa reverter a diminuição da velocidade imposta em 2012, quando a empresa quis reduzir custos. Agora, o acréscimo nos gastos operacionais é justificado pelas “necessidades de ajustamento de recursos humanos e materiais”. A empresa espera, dessa forma, aumentar a oferta em 13,5% face a 2016.

Em causa está o aumento da procura devido ao aumento do turismo, à redução da taxa de desemprego e à continuação do crescimento económico, que aumentaram o número de passageiros transportados, sustenta a empresa. Para responder a estas necessidades, o Metro de Lisboa enviou um pedido de autorização de excepção à Secretaria de Estado do Tesouro para o não cumprimento de princípios financeiros impostos pela Direcção-geral do Tesouro e Finanças.

No pedido, a administração do Metro de Lisboa informa já ter avançado com a recuperação de material circulante e de estações, elevadores e equipamento de bilhética. Também o quadro de pessoal foi reforçado com a entrada de mais 78 funcionários efectivos. Os gastos com pessoal irão aumentar 9,9% face a 2017.

A empresa prevê um crescimento de 10,6% do número de passageiros face a 2016 e uma subida das receitas para 107 milhões de euros, dos quais quase 105 milhões correspondem a títulos de transporte. Em 2017 essas receitas ficaram abaixo dos 100 milhões.

No plano de investimentos para 2018 está também, segundo o Negócios, detalhado o início das obras referentes à ligação entre o Rato e o Cais do Sodré, onde serão investidos 19,3 milhões de euros só este ano. O Metro de Lisboa estima que os trabalhos se iniciem no segundo semestre deste ano, sendo que o prazo de execução previsto é de cinco anos. A obra terá um custo total de 315,8 milhões de euros.