Matthias Walkner é o novo líder do Dakar nas motas

Queda de Adrien Van Beveren atirou francês da Yamaha para o hospital. Nos carros, Peterhansel venceu segunda etapa consecutiva, mas Sainz mantém-se firma na frente.

Foto
EPA/DAVID FERNANDEZ

Matthias Walkner (KTM) venceu esta terça-feira a 10.ª etapa do Rali Dakar, percorrida entre Salta e Belén, na Argentina, especial de 373 quilómetros numa extensão total de 797 km, e que ficou marcada pela desistência do francês Adrien Van Beveren (Yamaha), vítima de queda a três quilómetros da meta. 

Nos carros, vitória - a segunda consecutiva - e domínio absoluto de Stéphane Peterhansel (Peugeot), que desde o início foi conquistando tempo à concorrência, chegando a Belén com 13m07s de vantagem sobre Carlos Sainz (Peugeot). O espanhol continua confortavelmente na liderança, agora seguido por Peterhansel, que trocou com o catari Nasser Al-Attyiah (Toyota), assumindo o segundo lugar da geral, a 50m35s de Sainz.

O dia na classe das motas foi, de resto, intenso e dramático, com “guião” intratável, rematado com a queda do líder quando - juntamente com o austríaco Walkner - se preparava para arrasar a concorrência. 

Van Beveren não chegou sequer a concluir a 10.ª etapa, tendo sido transportado ao hospital, no helicóptero-ambulância, com fractura da clavícula direita e traumatismos torácico e lombar. Walkner assumiu a liderança, tendo o chileno Pablo Quintanilla (Husqvarna) sido segundo na tirada (a 11m35s), e o espanhol Joan Barreda (Honda) assumido a vice-liderança do Dakar, a 39m42s do austríaco.

A “jogar em casa”, Kevin Benavides (Honda) entrara decidido a obliterar os 22 segundos de desvantagem para o francês Van Beveren, primeiro à partida para Belén. Mas a confiança do argentino, que estava a ter um desempenho notável, seria abalada pelo abandono do irmão, Luciano Benavides (KTM), forçado a desistir (com dores nas costas) após queda ao 219.º quilómetro.

Na sequência da notícia, quando era virtual líder (com seis minutos de vantagem sobre Beveren), Kevin Benavides cometeu um erro fatal, falhando o percurso, juntamente com Antoine Meo (KTM), Toby Price (KTM) e três outros pilotos.

O grupo andou perdido e teve que voltar para trás. Nessa altura, Beveren e Walkner tinham via aberta para uma jornada duplamente vitoriosa, já que Price - o primeiro dos “perdidos” - acabaria por chegar ao WP7 com 50 minutos de atraso para a dupla da frente, hipotecando a hipótese de uma segunda vitória no Dakar.

Sugerir correcção
Comentar