Djokovic também está apto para o serviço

Cerca de 56 mil espectadores testemunharam vários regressos no Open da Austrália.

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LUSA/MAST IRHAM

Há três semanas, Novak Djokovic não sabia se ia conseguir competir no Open da Austrália. Durante a paragem de seis meses devido a uma lesão no cotovelo direito, o sérvio saiu do top 10 pela primeira vez numa década, mas compensou ao passar mais tempo com a família que, entretanto, aumentou. No papel, Djokovic pode ser o 14.º favorito mas a exibição desta terça-feira, em que foram contabilizados 55.767 visitantes, confirmou que está à procura de um inédito sétimo título em Melbourne Park.

“Tem sido um longo período sem um encontro oficial para mim, mas usei o tempo para passar tempo de qualidade com a minha família, Obviamente que ser pai pela segunda vez é uma grande benção, por isso estive ocupado, mesmo sem te ruma raqueta na mão”, explicou Djokovic, após vencer, por 6-1, 6-2 e 6-4, o norte-americano Donald Young (62.º), que também ajudou somando 45 erros não forçados.

Djokovic reapareceu com um movimento de serviço encurtado em consequência da lesão no cotovelo que o levou a estar seis meses ausente, mas a eficácia terá que ser testada na próxima ronda em que vai defrontar o espectacular Gael Monfils (46.º). “O segundo serviço esteve bem, já o primeiro teve altos e baixos. Preciso de tempo para me habituar às mudanças que fiz no movimento de serviço”, disse o detentor do recorde de seis títulos do Open australiano – juntamente com Roy Emerson.

Monfils levou igualmente três sets para ultrapassar o espanhol Jaume Munar (228.º): 6-3, 7-6 (7/5) e 6-4.

Outros três campeões de torneios do Grand Slam, Maria Sharapova, Stan Wawrinka e Juan Martin del Potro, também estiveram vitoriosos no seu regresso. A russa e 61.ª mundial obteve a primeira vitória em Melbournedesde a derrota nos quartos-de-final de 2016 e após a suspensão de 15 meses que a impediu de competir no ano passado, eliminando outra Maria (47.ª), de primeiro nome Tatjana, por 6-1, 6-4. “Fiz tudo o que precisava para ganhar o encontro. Foi um pouco confuso ouvir ‘Come on, Maria!’, mas ao mesmo tempo foi divertido”, disse a campeã de 2008.

Wawrinka (9.º), que também não competia desde o Verão, recuperou de uma cirurgia ao joelho esquerdo para voltar ao Open que venceu em 2014 e vencer Ricardas Berankis (141.º), por 6-3, 6-4, 2-6 e 7-6 (7/2), num encontro cujo equilíbrio só ficou desfeito no tie-break do quarto set. “Ainda tenho dores, mas em geral está a ir na direcção certa, o que são boas notícias”, salientou Wawrinka. Del Potro (11.º) ausente nas duas últimas edições por causa da crónica lesão no pulso, ultrapassou Frances Tiafoe (78.º), por 6-3, 6-4 e 6-3.

Na sessão nocturna, Roger Federer jogou a um nível suficiente para vencer o esloveno Aljaz Bedene, por 6-3, 6-4 e 6-3. Mais pressão sentiu Federer quando, no final, foi entrevistado por John McEnroe e... pelo actor Will Ferrell. Personificando Ron Burgundy do “seu” filme Anchorman, Ferrell colocou questões como “Tens 36 anos e não pareces envelhecer. És uma bruxa ou um vampiro?”

Alexander Zverev (4.º) também teve a honra de jogar na Rod Laver Arena, onde bateu Thomas Fabbiano (73.º), por 6-1, 7-6 (7/5) e 7-5. Já Dominic Thiem (5.º) venceu Guido Pella (64.º), com um triplo 6-4 e Tomas Berdych (19.º) terminou com o estado de graça de Alex De Minaur (210.º) neste início de época, vencendo o finalista de Sydney, por 6-3, 3-6, 6-0 e 6-1. Outro jovem australiano a ficar pelo caminho foi Thanasi Kokkinakis (211.º), afastado pelo campeão de Sydney, Daniil Medvedev (65.º), em quatro sets: 6-2, 6-7 (6/8), 7-6 (10/8) e 6-4.

No torneio feminino, Simona Halep escapou em dois sets diante de Destanee Aiava (153.ª), que liderou por 5-2. Quis o destino que a australiana de 17 anos tivesse de receber assistência médica e, no regresso foi incapaz de fechar o set, permitindo que a líder do ranking assumisse o controlo do encontro que venceu, por 7-6 (7/5), 6-1. Garbiñe Muguruza (2.ª) surgiu com a côxa enfaixada para defrontar a wildcard francesa Jessika Ponchet (260.ª), mas somou 31 winners para ganhar, por 6-4, 6-3.

Eliminada foi já Petra Kvitova (29.ª) que, ao fim de quase três horas, cedeu perante a experiente Andrea Petkovic (99.ª): 6-3, 4-6 e 10-8 (não há tie-break no set decisivo). Já Kristina Mladenovic (11.ª) somou a 15.ª derrota consecutiva no circuito, desta vez diante da desconhecida romena Ana Bogdan (111.ª), por 6-3, 6-2. O último encontro que a francesa de 24 anos, quarto-finalista no último Roland Garros, venceu foi em Julho.

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