Steve Bannon é ouvido no Congresso esta semana

Ex-estratega da Casa Branca é interrogado em Washington após o corte de relações com Trump.

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Reuters/Joshua Roberts

O antigo estratega-chefe da Administração Trump, Steve Bannon, deverá ser ouvido no Congresso norte-americano esta semana, segundo noticiam a Bloomberg e a Reuters. A audição, no âmbito da comissão de inquérito à campanha de interferência da Rússia nas presidenciais norte-americanas de 2016, decorrerá à porta fechada. Corey Lewandowski, antigo director de campanha de Donald Trump, também será ouvido esta semana.

Bannon, recorde-se, foi afastado da Casa Branca em Agosto de 2017 e viu declarações suas, muito críticas de Trump e da família do Presidente dos EUA, serem publicadas no livro Fire and Fury do jornalista Michael Wolff. As acusações de “traição” dirigidas ao filho mais velho do chefe de Estado, Donald Trump Jr., valeram-lhe mesmo insultos de Trump através do Twitter, o afastamento do Breitbart e o corte de relações por parte da família Mercer, uma das principais fontes de financiamento da direita ultraconservadora nos EUA. Mais tarde, no entanto, Bannon pediu desculpa a Trump.

Apesar do natural interesse no testemunho de Bannon e Lewandowski, os democratas no Congresso temem que a aceleração dos trabalhos da comissão de inquérito seja um indício de que os republicanos, em maioria, estejam prestes a dar a sua actividade por encerrada.

“Os republicanos querem apenas conduzir entrevistas em número suficiente para dar a aparência de uma investigação séria”, disse esta semana o congressista democrata Adam Schiff, que admite que o partido da oposição possa produzir um relatório final paralelo ao oficial, caso ambas as partes cheguem a conclusões contrárias.

A comissão de inquérito do Congresso opera há dez meses e investiga as suspeitas de que a Rússia terá interferido na campanha para as presidenciais de 2016 para beneficiar Trump e prejudicar a candidata democrata Hillary Clinton. O cenário é aceite pelas secretas norte-americanas, estando ainda em investigação pelo FBI se houve conluio entre o Kremlin e a campanha de Trump – algo que o Presidente norte-americano e os seus aliados têm negado repetida e veementemente.

 

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