"Tenho respeito pelos roupeiros adversários, pelos vendedores de pipocas, pelos treinadores..."

Sérgio Conceição reafirmou a incoerência de Rui Vitória e diz que não tem de pedir desculpa a ninguém.

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"Não tenho de pedir desculpa a ninguém" LUSA/FILIP SINGER

O treinador do FC Porto esclareceu neste domingo, em conferência de imprensa, que os seus limites do respeito passam pela verdade desportiva, reafirmou "incoerência" de Rui Vitória e lembrou que o importante é falar dos resultados dos ‘dragões'.

Sérgio Conceição esclareceu que a última declaração que fez não tinha como objectivo pedir desculpa a Rui Vitória, treinador do Benfica, mas lamentar um "exemplo menos feliz" que tinha escolhido, após o jogo frente ao Vitória de Guimarães, quando comparou o treinador ‘encarnado’ a um boneco do filho.

Em resposta a isso Rui Vitória afirmou, antes do jogo com o Sporting de Braga, que era importante que não se passassem certos limites. Agora Sérgio Conceição colocou um ponto final nesse assunto.

"Tenho muito pouca vontade de me alongar mais e de falar mais. Quero esclarecer uma coisa muito importante: eu não voltei atrás no que disse. Lamentei que um exemplo menos feliz da minha parte, levasse à ofensa. Não quis ofender, falei de incoerência. Assumo sempre as minhas responsabilidades porque sou frontal. Se mandar umas indirectas, não posso assumir responsabilidades do que digo, são coisas que ficam no ar. Assumi a responsabilidade do que disse e vim aqui dizer que lamentava. Não é desculpa nenhuma. Não tenho de pedir desculpa a ninguém. Lamentei um exemplo menos feliz que levou a que quase parasse Portugal e ontem [sábado] nos jornais falou-se em revolta e resposta. Nada disso”, começou por dizer.

Sérgio Conceição esclareceu ainda que respeita tudo e todos, e essencialmente, respeita "a verdade desportiva".

"Tenho respeito por toda a gente. Tenho respeito por uma instituição, seja a minha ou rival, pelos roupeiros adversários, pelos vendedores de pipocas, pelos treinadores, pelos presidentes, por toda a gente. O verdadeiro limite no futebol é o respeito pela verdade desportiva. Isso é que é o limite. É o respeito pela verdade desportiva. E com isto quero concluir. O que quero falar é dos resultados, da minha equipa, do futebol que praticamos", disse ainda.

Em relação ao jogo com o Estoril Praia, para o campeonato, Sérgio Conceição admitiu esperar "um jogo difícil perante uma equipa super-motivada", ainda assim não admite outro cenário que não a conquista dos três pontos.

O treinador dos ‘dragões' não garantiu, no entanto, a utilização de Brahimi e Marega no jogo. O técnico portista diz que tudo se irá decidir mais perto da hora do jogo (21h), marcado para segunda-feira, e que será preciso pensar também nos desafios que aí vêm.

"Falando desses dois jogadores, vamos ver até à hora do jogo. Vamos ver o que vai acontecer. Temos de pensar que sexta-feira temos jogo com o Tondela, depois a ‘final four’ em Braga. Há muitos jogos, vamos ter de gerir essas situações da forma mais inteligente possível", acrescentou.

Sérgio Conceição revelou mais uma vez que esta é uma situação que preocupa sempre e não está relacionado com o facto de ter um plantel mais curto.

"Preocupa independentemente de se ter 24, 25 ou 30 jogadores. Uma situação de lesão, que não é o caso, porque aqui é o acumular de minutos e alguma fadiga que os jogadores apresentaram, preocupa", disse o técnico que finalizou: "Se tivéssemos mais jogadores era óptimo. Mas o que for possível vai ser feito e vai ser feito tudo para arranjar soluções".

O FC Porto desloca-se na segunda-feira, às 21h, ao terreno do Estoril para disputar o jogo que encerra a 18.ª jornada da I Liga. Os “dragões” lideram, com 45 pontos, enquanto o Estoril Praia é o 18.º e último classificado, com 12.

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