Um Reactor foi accionado para lançar startups rumo à revolução digital

O projecto liderado pela Porto Business School arranca hoje para servir de plataforma de apoio a startups que pretendem solidificar-se e atingir o mercado internacional.

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A partir de hoje há um espaço com cerca de 300 metros quadrados e capacidade para 40 pessoas testarem novos modelos de negócio com recurso a serviços de consultoria, aceleração, investimento e programas de formação de forma a potenciar o acesso a redes de inovação a uma escala global. Chama-se Reactor e foi apresentado nesta quinta-feira nas instalações do Centro Empresarial Lionesa, em Leça do Balio, Matosinhos, onde terá sede. Liderado pela Porto Business School (PBS) tem o objectivo de promover a inovação e tecnologia do tecido empresarial e startups instaladas em território nacional, mas viradas para o mundo.

O projecto foi concebido pela PBS, pela Bright Pixel e pela Lionesa. Juntaram-se recentemente às três entidades fundadoras a Beta-i, Chain Reactions e a NOS. Todas as empresas que suportam o projecto serão actores activos nos processos de desenvolvimento dos negócios que beneficiarão do programa.

Estes agentes facilitadores do processo de crescimento das startups investem tempo e oferecem serviços com vista a solidificar os novos negócios no mercado nacional e internacional. Até chegarem ao Reactor as potenciais empresas passam por um processo de triagem. Admitidas no programa beneficiam de um conjunto de ferramentas que as permitirá “crescer e desenvolver de forma sustentada” e enquadrarem-se num mercado “cada vez mais apoiado no digital”. É assim que o gestor do projecto, João Wengorozius Meneses, docente da PBS explica como funcionará o programa.

Actualmente já há duas startups a trabalhar na Lionesa, a Stredeo e a Hiperstream. Brevemente instalar-se-ão outras duas que já estão escolhidas. As outras serão seleccionadas a partir de um “battlefield”, uma espécie de “programa imersivo em que são lançados desafios concretos” aos candidatos. O número de startups que trabalharão no Reactor está dependente da quantidade de colaboradores que cada uma delas terá. Com os quatro negócios já seleccionados “metade do espaço” já está ocupado.

“Ainda está na fase de projecto piloto. Se correr bem a ideia é escalar”, explica e sublinha estar a ser seguido o princípio do start slow scale fast. Testado o modelo, “será adaptado”. Com as startups “será percorrido um caminho de 12 meses de desenvolvimento de competências e de processos de inovação”. Diz o responsável que o Reactor será uma ponte de acesso para que os novos negócios possam tirar partido da “revolução digital” que está em curso.

Serve também este projecto para incentivar as empresas já estabelecidas no mercado a fomentar junto dos funcionários ideias de negócios que poderão dar origem a novas empresas.

O espaço com cerca de 300 metros quadrados tem cinco salas no piso superior e três no inferior. Há ainda uma área de trabalho partilhado para negócios “mais rotativos”. O investimento para a adaptação do espaço foi realizado no âmbito do programa de expansão Lionesa 2025, que custará ao centro empresarial cerca de 100 milhões de euros. “O investimento principal não é directo, mas será investimento feito com os serviços dos parceiros, que é feito com horas de trabalho, realizado no dia-a-dia a partir das mais-valias que cada um dos parceiros traz”, afirma.

Na prática as startups instaladas no Reactor serão apoiadas pelos parceiros envolvidos que disponibilizarão serviços de consultoria, aproximarão de uma rede de clientes e abrirão postas ao acesso ao financiamento.

É atrás dessa oportunidade que Priscila Vieira, responsável da Hiperstream, já instalada no espaço, procura. Criada há 10 anos no Rio de Janeiro, a empresa na área da comunicação digital, pretende expandir-se para a Europa. A porta de entrada é Portugal e é o Reactor a “forma mais rápida de o conseguir”. “Queremos aproveitar o conhecimento e as redes de contactos que um projecto destes proporciona”, afirma.

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