Número de vítimas dos incêndios pode subir para 112

Há fortes indícios que Rui Costa poderá ser a 112ª vítima dos incêndios, depois de a Polícia Judiciária ter encontrado as ossadas a 500 metros da casa onde o homem vivia.

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Os incêndios florestais provocaram 66 mortos em Junho em Pedrógão Grande e 45 em Outubro na região Centro PAULO PIMENTA

Foram descobertas ossadas em Folgosinho, no concelho de Gouveia, que poderão pertencer a Rui Costa, um homem de 40 anos que desapareceu nos incêndios de Outubro, avança nesta quinta-feira o Jornal de Notícias. A confirmação deste caso poderá elevar o número de vítimas dos fogos para 112 e fazer de Rui Costa a 46ª vítima dos incêndios de 15 e 16 Outubro.

A Polícia Judiciária, que iniciou esta investigação a 20 de Dezembro, encontrou as ossadas a 500 metros da casa onde Rui Costa vivia. De acordo com o JN, há fortes indícios de que aqueles poderão ser os restos mortais do homem e que este terá morrido ao tentar fugir dos fogos. Além dos exames feitos no Instituto de Medicina Legal, já foram pedidas amostras de ADN à família do desaparecido.

A Comissão Técnica Independente, um grupo de peritos escolhido pelo Parlamento para investigar o que aconteceu em Outubro, deslocou-se nesta quinta-feira às instalações da PJ da Guarda, para se confirmarem os novos dados, que poderão contribuir para um aumento das vítimas mortais dos incêndios que assolaram o país no ano passado.

Em 2017, os incêndios florestais provocaram mais de cem mortos, 66 dos quais em Junho em Pedrógão Grande e 45 em Outubro na região Centro, mas a Provedoria de Justiça, encarregada de fixar as indemnizações dos familiares dos mortos dos incêndios, começou a trabalhar com um número de vítimas superior ao confirmado, 125 no total, tendo em conta as mortes que foram causadas indirectamente pelos incêndios.

O Conselho de Ministros fixou em 70 mil euros o valor mínimo das indemnizações às vítimas dos incêndios e desde então, 25 processos de indemnização já começaram a ser pagos.

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