As lojas mais antigas já começam a ter placas a dizer que ali há história

Com alguns estabelecimentos que integram este programa municipal de valorização do comércio tradicional a fechar as portas, a autarquia distinguiu as primeiras lojas. A Pastelaria Versailles, a Casa Xangai, o café Galeto e a loja de cafés e chás Pérola do Chaimite foram as primeiras contempladas.

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As primeiras insígnias do programa Lojas com História foram esta quarta-feira colocadas em quatro estabelecimentos históricos da cidade de Lisboa. A Pastelaria Versailles, a Casa Xangai, o café/restaurante Galeto e a loja de cafés e chás Pérola do Chaimite foram as primeiras a receber as placas, que a autarquia prevê que facilite o reconhecimento destes estabelecimentos por quem se desloca a pé pela cidade. 

Isto acontece numa altura em que a pressão imobiliária e a subida das rendas têm pressionado algumas destas lojas históricas, que se vêem obrigadas a fechar as portas. Ainda na terça-feira, o PÚBLICO dava conta do encerramento da Livraria Aillaud & Lellos, na Rua do Carmo, no Chiado, que consta da lista de estabelecimentos que integram o programa Lojas com História. 

O projecto, criado pela autarquia da capital em 2015, visa “promover e salvaguardar o comércio tradicional nas suas dimensões patrimoniais, históricas e culturais”, considerando que nelas reside “uma parte relevante da identidade e carácter da cidade”. A colocação das placas nestes estabelecimentos, acredita a câmara de Lisboa, “será também uma forma de dinamizar o comércio local e promover os produtos e a cultura nacionais”. 

A placa em metal, afixada em bandeira nas fachadas dos estabelecimentos, recupera o logótipo da iniciativa Lojas com História, que foi desenhado por uma equipa do Departamento de Design da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, explicou o município em comunicado. 

Para já, integram este programa 82 lojas que receberão a mesma placa. No entanto, por iniciativa dos comerciantes, proprietários ou da sociedade civil, mais estabelecimentos poderão receber esta distinção, caso se enquadrem nos requisitos previstos no regulamento do Lojas com História.

No início do ano passado, a câmara de Lisboa aprovou ainda a criação de um fundo municipal de 250 mil euros, destinado a apoiar as lojas classificadas, por exemplo, na preservação de património, na modernização da actividade e na criação de programas culturais.

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