O principal estratega da campanha de Donald Trump e antigo conselheiro da Casa Branca, Steve Bannon, deixou o site Breitbart News, órgão da chamada alt-right norte-americana onde desempenhava o cargo de director-executivo desde 2012.

A saída foi anunciada pela empresa em comunicado. Bannon afirmou também que está “orgulhoso no que a equipa do Breitbart alcançou num tão curto espaço de tempo ao construir uma plataforma de notícias de nível mundial”.

A saída do antigo conselheiro e estratega de Donald Trump surge depois de Fire and Fury: Inside the Trump White House — livro do jornalista Michael Wolff que está a gerar controvérsia nos Estados Unidos — citar Bannon a dizer que os encontros que Donald Trump Jr. manteve durante a campanha com agentes ligados ao Kremlin foram “pouco patrióticos” e podem ser entendidos como uma “traição”. O Presidente veio em defesa do filho e afirmou que Bannon “enlouqueceu”.

Sem avançar com nenhuma explicação para a saída, o CEO do Breitbart, Larry Solov, afirma que Bannon é uma "parte valiosa do legado" do site e que estará sempre "agradecido pelas contribuições dele". 

No entanto, o New York Times dá conta de que Bannon foi forçado a demitir-se por Rebekah Mercer, principal financiadora e detentora da maioria do capital do órgão. 

O Breitbart News foi fundado em 2007 pelo comentador conservador Andrew Breitbart, tendo conhecido uma rápido crescimento e popularidade, principalmente durante a liderança de Bannon e durante a campanha presidencial norte-americana de 2016 onde prestou apoio a Donald Trump. O site ficou, no entanto, ligado à divulgação de várias notícias falsas e teorias de conspiração inventadas com o objectivo de marcar a sua agenda política. Muito do conteúdo publicado nesta plataforma de notícias foi considerada racista, xenófoba, sexista e um veículo de comunicação da extrema-direita.