Câmara unânime no protesto ao encerramento de postos dos CTT

Executivo pede ao Governo que encontre alternativas, para que o serviço público seja garantido

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Na segunda-feira, houve protesto no Porto, junto ao balcão da zona da Galiza LUSA/Manuel Araújo

Os vereadores da Câmara do Porto aprovaram, esta terça-feira, por unanimidade, uma proposta da CDU protestando contra o anunciado encerramento de balcões dos CTT na cidade. O documento foi alterado pelo presidente da câmara, Rui Moreira, para que se chegasse a um consenso, e introduziu uma nova nuance: exigir ao Governo que “tome as medidas necessárias” para garantir o serviço público.

Depois de acompanhar uma acção de protesto junto ao balcão dos CTT da Galiza – um dos que deverá encerrar no Porto, a par do balcão da Areosa –, a CDU levou ao executivo uma proposta para que o executivo protestasse junto da empresa contra esta decisão, exigindo à mesma entidade “todos os esclarecimentos necessários relativos ao plano de reestruturação da rede dos CTT e seus impactos na cidade do Porto”. O destinatário do protesto acabou por ser o principal ponto de discórdia com Rui Moreira, que considerou que o executivo dirigir-se à empresa “não o dignifica”, preferindo dirigir o protesto ao Governo. A vereadora comunista, Ilda Figueiredo, não se opôs.

Por isso, o documento que acabou por ser aprovado por todo o executivo – já depois de Manuel Pizarro, do PS, ter confessado estar quase a fazer o que pensava impensável, “pedir a nacionalização dos CTT” – era dirigido ao Governo, que ficará assim a conhecer “o protesto” da Câmara do Porto face à intenção de encerrar mais balcões dos CTT na cidade, “atendendo ao serviço público que assim fica prejudicado”. As alterações introduzidas por Moreira continuavam: “Solicitar ao Governo que verifique se a empresa está a cumprir o caderno de encargos e, em qualquer caso, que tome as medidas necessárias a encontrar alternativas, para que o serviço público e de proximidade seja garantido às populações”.

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