Sindicato apela à abertura imediata de concurso para recém-especialistas

"A inacção de vossa excelência e das estruturas que tutela sobre esta matéria é assim directamente responsável pelo agravamento do défice de recursos humanos que se verifica em todo o SNS", diz o presidente do Sindicato Independente dos Médicos. Diz que há mais de 700 médicos recém-especialistas à espera.

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O concurso para que os médicos recém-especialistas entrassem para o Serviço Nacional de Saúde já deveria ter sido aberto em Maio ou Junho do ano passado Paulo Pimenta

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apelou esta segunda-feira ao ministro da Saúde para que proceda à "imediata abertura dos concursos" para os médicos recém-especialistas que concluíram o internato médico no ano passado.

Num ofício enviado ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, o SIM adianta que mais de 700 médicos recém-especialistas das mais diversas especialidades da área hospitalar e de saúde pública aguardam, a maioria desde Maio de 2017, pela abertura de concurso para os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Recordando que o concurso já deveria ter sido aberto em Maio ou Junho do ano passado, esta estrutura sindical apela "mais uma vez" para a sua imediata abertura.

"É incompreensível que numa altura de caos nos serviços de urgências, estes médicos especialistas não estejam já colocados nos hospitais em que fazem mais falta, suprindo a carência de médicos que se verifica em inúmeros hospitais", refere o ofício, assinado pelo secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha.

Segundo o sindicato, são vários os recém-especialistas que decidem fazer cessar o seu contrato de médicos internos nos estabelecimentos do internato e optam pelo sector privado ou pela emigração devido a esta "espera prolongada".

"A inacção de vossa excelência e das estruturas que tutela sobre esta matéria é assim directamente responsável pelo agravamento do défice de recursos humanos que se verifica em todo o SNS. De facto, centenas de médicos recém-especialistas poderiam estar já colocados desde há vários meses nos estabelecimentos do SNS", sublinha ainda o SIM no ofício enviado ao ministro Adalberto Campos Fernandes.

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