Mulher de "El Chicle" também investigada pelo homicídio de Diana Quer

Para além do autor confesso do sequestro e homicídio da jovem de 18 anos desaparecida desde 2016, o juiz responsável pelo caso suspeita do envolvimento da mulher. E diz existirem indícios de crimes sexuais cometidos pelo casal.

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Jovem de 18 anos desapareceu na madrugada de 22 de Agosto em Pobra do Caramiñal (município localizado na província da Corunha, Galiza) DR

O juiz responsável pelo caso de Diana Quer, a jovem de 18 anos que desapareceu em Agosto de 2016 e que foi encontrada morta no domingo, admite que a mulher de José Enrique Abuín Gey - conhecido como “El Chicle” e autor confesso do crime - possa também estar envolvida no caso.

Segundo noticiam os jornais espanhóis, o juiz Félix Isaac Alonso – que reabriu este processo nesta terça-feira depois de o ter encerrado em Abril de 2017 – não ficou satisfeito com a confissão de “El Chicle” e com a garantia deste de que a sua mulher nada teve a ver com o crime, e imputou-a como suspeita não só de envolvimento no homicídio como também de um possível delito sexual.

“Confirma-se a existência de novos elementos factuais que corroboram os indícios anteriormente existentes que apontavam para um possível crime de detenção ilegal, existindo também indícios de crime de homicídio ou assassinato, tendo sido encontrado um cadáver que corresponderia à pessoa desaparecida, e há igualmente sinais de possíveis crimes contra a sua liberdade sexual”, lê-se numa resolução do magistrado citado pela comunicação social espanhola. De seguida, o juiz diz que não descarta o envolvimento da mulher em todos estes crimes: “Não pode ser descartada a participação da sua mulher nos mesmos, pelo que ambos estão a ser investigados no presente caso”.

O caso remonta a 2016, quando a jovem desapareceu na madrugada de 22 de Agosto em Pobra do Caramiñal (município localizado na província da Corunha, Galiza), a caminho da casa onde estava a mãe, depois de ter ido às festas daquela localidade. Após largos meses de investigação e de interrogatórios a dezenas de suspeitos, a investigação foi encerrada.

Foi a possibilidade de fazer a associação entre o principal suspeito e um telemóvel, até então sem registo de nome conhecido, que levou à detenção para interrogatório de "El Chicle”. A polícia conseguiu rastrear a posição do telemóvel, através das antenas, colocando o suspeito no mesmo dia, à mesma hora e no mesmo local em que a jovem desapareceu.

Às primeiras horas deste domingo, "El Chicle" – que terá antecedentes de tráfico de droga e de agressões sexuais – confessou à polícia a localização do corpo da jovem. O cadáver de Diana Quer foi encontrado numa antiga fábrica de móveis abandonada na localidade de Rianxo, perto da zona onde o suspeito vive e não muito longe do local onde o sinal do telemóvel de Diana foi detectado pela última vez.

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