Pontões da marina de Vila Franca de Xira mantêm-se. Mas só por enquanto

Câmara, União Vilafranquense e empresa construtora têm reunião prevista para meados deste mês.

Foto

O “ultimato” da empresa construtora da marina de Vila Franca de Xira que, em Novembro, ameaçou retirar todos os pontões que compõem aquele equipamento fluvial se não recebesse 280 mil euros alegadamente em dívida, foi, para já, adiado. A União Desportiva Vilafranquense, colectividade proprietária da marina, assumiu que não consegue pagar a dívida e apelou à ajuda da Câmara. A autarquia lembrou que já contribuiu com uma verba equivalente a metade do custo da marina, mas dispôs-se a participar numa reunião tripartida para “tentar encontrar uma solução”. Com base neste compromisso e com a previsão de que a reunião a três se realizará em meados de Janeiro, a empresa construtora adiou a ameaça de retirar os equipamentos da marina vila-franquense, que tem capacidade para 84 embarcações.

Perante o ofício da empresa que dava um prazo até final de 2017 para resolver uma questão que se arrasta desde 2003 (a marina foi inaugurada em Maio de 2003), a comissão administrativa que gere a União Desportiva Vilafranquense há cerca de seis anos solicitou uma reunião urgente ao presidente da Câmara.

O encontro com o autarca Alberto Mesquita realizou-se recentemente. “Ficou acordado que será agendada uma reunião com a empresa, com a câmara e com o clube para tentarmos encontrar uma solução. O senhor presidente da Câmara manifestou vontade e disponibilidade nesse sentido. Já informámos a empresa desta disponibilidade, que nos assegurou que vai ficar a aguardar esta reunião para encontrarmos uma solução”, vincou um porta-voz da comissão administrativa.

A mesma fonte adiantou que a reunião tripartida deverá ter lugar em meados de Janeiro e que a câmara mostrou disponibilidade para tentar encontrar uma solução que “seja suportável a aceitável” e que “vai ser negociada” na sequência dessa reunião. “Achamos que este já é um bom caminho e estamos todos com o espírito de tentar ultrapassar esta situação. É uma questão que o clube não tem condições para resolver por si só e pensamos que a marina é uma infra-estrutura que já é também um emblema da cidade, que deve ser salvaguardada”, acrescenta o dirigente da UDV.

A empresa reclama uma verba de 280 mil euros. A câmara alega, por seu turno, que já em 2003 contribuiu com 170 mil euros para a instalação deste equipamento de acostagem de embarcações mas esta verba, ao que tudo indica, não terá chegado à empresa construtora.

A braços com vários problemas de dívidas às Finanças, a comissão administrativa da UDV garante que não tem quaisquer condições para pagar esta verba, até porque as receitas mensais do clube rondam apenas os 4 mil euros.     

Sugerir correcção
Comentar