BE antevê um 2018 melhor e promete lutar para que país não volte a ser humilhado

Na mensagem de Ano Novo, Catarina Martins recordou 2017 como "difícil" por causa dos incêndios

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A coordemadora do BE, Catarina Martins, elege o combate às rendas de energia como um dos temas para 2018 Mario Lopes Pereira

A coordenadora do BE, Catarina Martins, assumiu o “compromisso claro” para 2018 de, “até ao limite das forças” dadas pelos portugueses ao partido, não permitir que “o país volte a ser humilhado”, antevendo que será um ano melhor.

Na mensagem de Ano Novo a que a agência Lusa teve acesso – um vídeo divulgado nas redes sociais do partido e disponibilizado à comunicação social – Catarina Martins considerou que 2017 “foi um ano difícil, que será seguramente lembrado pela tragédia dos incêndios”, uma “ferida aberta no país”, que mostrou a solidariedade que define os portugueses.

“O compromisso do Bloco de Esquerda é claro: até ao limite das forças que os portugueses nos deram, não permitiremos que o país volte a ser humilhado e que voltem a ser retirados os direitos que as pessoas estão agora a recuperar”, assegurou.

No entanto, para a coordenadora bloquista, “2017 não foi só o ano da tragédia”, mas “também o ano da recuperação da economia”, sendo obrigatório “colocar o crescimento ao serviço de quem mais precisa, de quem menos tem”.

“2017 foi o segundo ano seguido de recuperação e em que as pessoas têm boas razões para acreditar que o próximo ano será melhor”, anteviu.

Catarina Martins aproveitou a mensagem de Ano Novo para voltar a uma bandeira do BE, o combate às rendas da energia, recordando que “em tantas casas sofre-se com o frio no inverno porque o preço da energia é alto demais”.

“Precisamos de esperança mas precisamos também de coragem para enfrentar os interesses económicos poderosos, para reconstruir os direitos do trabalho e combater as PPP [Parcerias Público-Privadas] e as rendas da energia”, apelou.

A líder bloquista pede ainda coragem “de construir alternativa às políticas europeias que desprezam o crescimento e a criação de emprego” e insiste na necessidade de “renegociar uma dívida, que continua em valores insustentáveis, para proteger o país dos sobressaltos de uma nova crise financeira”.

“Para pensionistas, para trabalhadores do público e do privado, com contrato ou a recibos verdes, para quem vai passar a pagar menos IRS ou para quem vai ter novo aumento do salário mínimo, 2018 será um novo ano de devolução de direitos e rendimento”, lembrou.

Considerando que o acordo entre os partidos de esquerda permitiu “parar o empobrecimento” e “já fez muito para que as pessoas reconquistassem a dignidade e a confiança na democracia”, Catarina Martins não esconde que sabe que existem dificuldades.

“Portugal é ainda um país de salários baixos demais, desemprego e precariedade. Há pensões de miséria e mais de dois milhões e meio de pessoas vivem em situação de pobreza. As crianças são as mais vulneráveis”, lamentou.

A coordenadora do BE sublinhou ainda as “enormes dificuldades” do Serviço Nacional de Saúde, avisando que “faltam meios à escola pública e a tantos serviços públicos, nas diversas áreas, para responderem nas melhores condições às populações que devem servir”.

“Respondemos pelo povo que representamos, pelos direitos que todos merecemos, pelo país que é nosso. Em 2018, cá estaremos. Desejo-lhe um feliz ano novo”, concluiu Catarina Martins.

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