Um 2018 que já começa bem

O ciclo virtuoso em que se encontra a economia portuguesa e a economia da zona euro deverá continuar em 2018.

Neste encerrar de 2017 é de salientar que há muitos anos – 17 – que a economia portuguesa não tinha um desempenho tão bom e que a vida dos portugueses não melhorava tanto. Não que a melhoria tenha sido tão significativa assim, mas contrasta favoravelmente com o passado recente de recessão e de estagnação económica.

O ciclo virtuoso em que se encontra a economia portuguesa e a economia da zona euro deverá continuar em 2018.

A economia portuguesa irá crescer, de forma robusta, com o emprego, os salários e os rendimentos das famílias a aumentar ligeiramente. Deverá ser mais um ano em que o desempenho das contas públicas irá surpreender favoravelmente, com um défice abaixo do previsto e a dívida pública a cair de modo acentuado.

A questão fundamental é se o aumento do rendimento disponível das famílias, o aumento do investimento público e privado e o concomitante aumento da procura interna colocará ou não em causa as contas externas do país. É pouco provável que a balança comercial se mantenha excedentária pelo sexto ano consecutivo, mas parece plausível que o país continue a registar um excedente da balança corrente e de capital, contribuindo assim para a redução, ainda que ligeira, da dívida externa do país.

Ao Governo caberá aproveitar a folga orçamental (crescente) do presente para resolver problemas resultantes da política de austeridade do passado e, sobretudo, procurar definir as prioridades e um novo modelo de desenvolvimento macroeconomicamente sustentável do país.

Depois de anos de aperto orçamental, não será fácil reorientar a política económica para tempos “mais normais”, de forma a assegurar que a prosperidade continue connosco para além de 2018.

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