Museu da Lourinhã encerra temporariamente para remodelar colecção

Instituição encerrou a 19 de Dezembro e reabre a 3 de Fevereiro, depois de obras de remodelação.

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Em 2017, o Museu recebeu 33 mil visitantes XX

O Museu da Lourinhã anunciou nesta quinta-feira que está encerrado até 2 de Fevereiro de 2018 para remodelar colecções, depois de os fósseis de dinossauros terem sido transferidos para o Parque dos Dinossauros, que abre ao público em Fevereiro.

O museu encerrou a 19 de Dezembro e reabre a 3 de Fevereiro, depois de obras de remodelação que incidem nas colecções de etnografia e arqueologia, para aumentar a oferta aos visitantes.

"Vamos alterar os conteúdos explicativos e criar uma maior interactividade na forma de mostrar as colecções e, como temos um grande espólio arqueológico em reserva, vamos passar a mostrá-lo aos visitantes", explica o coordenador, Alexandre Audigane.

Na secção de arqueologia, os novos achados mais relevantes, adiantou, são materiais de uso quotidiano e militar que foram recolhidos em grutas pré-históricas do concelho e que datam do fim do período Neolítico, há seis mil anos.

O museu vai ainda criar uma nova secção dedicada à Vida na Terra, na qual "é contada uma história que tem como fio condutor a abertura do Oceano Atlântico, que os cientistas acreditam ter ocorrido entre 550 a 250 milhões de anos atrás".

Essa colecção vai ser enriquecida com originais ou réplicas de fósseis de animais, como dinossauros, tartarugas ou ancestrais de crocodilos recolhidos em diferentes partes do mundo, como Angola, Wyoming (Estado Unidos da América) ou Gronelândia, no âmbito de projectos internacionais que tem vindo a integrar.

O museu vai passar a ter também um espaço com actividades lúdico-pedagógicas, ateliês sobre paleontologia, arqueologia e etnografia, onde crianças podem passar pela experiência de serem paleontólogos ou arqueólogos, conhecerem a arte de antigas profissões em exposição na secção de etnografia, confeccionar pão caseiro ou ver filmes.

Em 2017, o Museu recebeu 33 mil visitantes.

Nas últimas décadas, os paleontólogos do museu descobriram fósseis de dinossauros, pertencentes a várias espécies, e o maior ninho dos dinossauros com os mais antigos embriões até então encontrados, que colocam a Lourinhã na rota mundial da paleontologia.

A exiguidade do actual museu tornava impossível expor todos os achados, motivo pelo qual o município e o Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã – associação que detém o museu – estabeleceram uma parceria com privados, no sentido de vir a ter um novo espaço museológico.

A PDL – Parque de Dinossauros Lda, detida por investidores alemães, investiu 3,5 milhões de euros no Dino Parque, o maior museu ao ar livre em Portugal e um dos maiores parques temáticos de dinossauros da Europa, que vai abrir ao público em Fevereiro de 2018 na Lourinhã.

O Dino Parque vai ter como atracções a exposição de fósseis de dinossauros, transferida do actual museu, e 120 modelos de dinossauros à escala real, espalhados por um parque ao ar livre de 10 hectares, sendo o maior o dinossauro herbívoro saurópode lourinhasaurus, de pescoço e cauda compridos, com 23 metros de altura e cinco toneladas de peso.

O empreendimento vai ocupar, na primeira fase, dez dos 30 hectares do terreno onde funcionou a antiga lixeira municipal e vai criar 20 postos de trabalho.

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