Oito distritos em aviso laranja por causa do vento e agitação marítima

O mau tempo vai condicionar a navegação em cinco barras marítimas, da região Norte e Centro.

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A agitação marítima forte deverá começar a diminuir ao longo da madrugada de quinta-feira Nelson Garrido

Oito distritos de Portugal continental vão estar, a partir do final da tarde, sob aviso laranja, o segundo mais grave, por causa do vento e da agitação marítima, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Segundo o IPMA, estarão sob aviso laranja os distritos de Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga, nalguns casos até meio da tarde de quarta-feira, sobretudo por causa da agitação marítima, com ondas que podem atingir os 10 metros. Os avisos por causa do vento estão activos até ao final desta terça-feira.

Quase todos estes distritos estão igualmente sob aviso amarelo por causa da precipitação, com previsão de chuva, por vezes forte. De acordo com o Instituto, estão ainda em alerta amarelo Bragança, Viseu, Évora, Faro, Setúbal, Santarém, Lisboa, Beja, Castelo Branco e Portalegre, por causa do vento, precipitação e agitação marítima, sendo que no caso do mau estado do mar alguns avisos prolongam-se até ao início do dia de quinta-feira.

Por causa da agitação marítima, a Marinha e a Autoridade Marítima Nacional alertaram na segunda-feira para as eventuais consequências da previsão de agravamento do estado do mar na costa oeste portuguesa a partir do final da tarde desta quarta-feira e madrugada de quarta-feira.

Em comunicado, a Marinha adiantou que o alerta é dirigido a toda a comunidade piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, especialmente a norte do Cabo da Roca, bem como a toda a população em geral que frequente as zonas costeiras ao logo de toda a faixa litoral oeste.

De acordo com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, é estimada forte agitação marítima dos quadrantes de noroeste, com altura das vagas que pode chegar aos seis a sete metros de altura em alto-mar, com especial incidência a norte do Cabo da Roca a partir do final da tarde de terça-feira e durante a madrugada de quarta-feira.

A agitação marítima forte deverá começar a diminuir ao longo da madrugada de quinta-feira, 28 de Dezembro. Assim, a Marinha apela à população em geral é recomendado que se abstenha da prática de passeios junto à costa e nas praias, bem como da prática de actividades lúdicas nas zonas expostas à agitação marítima. Já aos pescadores lúdicos de pesca à cana a Marinha aconselha cautela, evitando pescar junto a zonas de arriba nas frentes costeiras atingidas pela rebentação das ondas.

As previsões para esta terça-feira apontam para precipitação, por vezes forte nas regiões Norte e Centro a partir da tarde, queda de neve acima dos 1000 metros, subindo gradualmente a cota para 1900 metros a partir do fim da manhã, e vento forte com rajadas. Prevê-se ainda formação de gelo nalguns locais do interior.

O céu vai estar geralmente muito nublado e estão igualmente previstos aguaceiros fracos e pouco frequentes, passando a períodos de chuva fraca, tornando-se por vezes forte no Minho e Douro Litoral a partir do início da tarde, estendendo-se gradualmente às regiões Norte, Centro e Alto Alentejo.

Quanto a temperaturas, no continente as mínimas vão variar entre 1º (Guarda) e 9º (Faro) e as máximas oscilarão entre os 10º (Vila Real) e os 17º (Faro). Já nas ilhas, o IPMA prevê 12º de mínima e 18º de máxima em Ponta Delgada, enquanto no Funchal os termómetros deverão variar entre os 14º e os 20º.

Cinco portos marítimos condicionados à navegação

Cinco barras marítimas, da região Norte e Centro, estão condicionadas à navegação, de acordo com informação disponível no site da Marinha.

As barras de Póvoa de Varzim e de Vila do Conde estão condicionadas a embarcações com calado superior a dois metros, a de Aveiro condicionada a barcos de comprimento fora a fora inferiores a 15 metros e a da Figueira da Foz a embarcações com comprimento inferior a 11 metros.

O Porto da Nazaré está condicionado devido a assoreamento, devendo as embarcações ter cautelas e entrar na barra apenas na preia-mar. Esta informação da Marinha foi actualizada na segunda-feira às 18h.

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