Carlsen à procura dos títulos Mundiais de rápidas e semi-rápidas

Prova está envolta em polémica devido à proibição de xadrezistas de Israel, Qatar e Irão entrarem na Arábia Saudita.

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Magnus Carlsen Reuters/NTB SCANPIX

A partir desta terça-feira, e até ao próximo dia 30, a capital da Arábia Saudita, Riade, acolhe a elite do xadrez, que disputará os títulos mundiais das variantes com ritmos de reflexão mais curtos, as semi-rápidas e as partidas relâmpago. Magnus Carlsen, o campeão mundial na modalidade rainha, as partidas clássicas, está presente e vai querer recuperar os títulos destas outras duas variantes, que no ano passado, no Qatar, perdeu, ao terminar as duas provas em segundo lugar e em ambas em igualdade pontual com o vencedor - o ucraniano Vasily Ivanchuk, nas semi-rápidas e o russo Sergei Karjakin, nas rápidas.

Apesar de ainda não ter sido publicada a lista oficial dos participantes, sabe-se já que a grande maioria dos potenciais vencedores participará, como o arménio Levon Aronian, o francês Maxime Vachier Lagrave, o azeri Mamediarov  e um largo contingente russo onde se destacam Nepomniachtchi e Grischuk, para além dos actuais detentores dos troféus. Mas algumas baixas de vulto são também já conhecidas, designadamente o trio norte-americano, Hikaru Nakamura, Fabiano Caruana e Wesley So, com o primeiro a discordar publicamente da escolha do local da prova, considerando que esta escolha viola os estatutos da Federação Internacional (FIDE), uma vez que alguns jogadores estarão impedidos de participar, designadamente os representantes de Israel, Irão e Qatar.

A FIDE, na sua página oficial, desmentiu esta informação, afirmando que vistos especiais foram emitidos pela organização para os xadrezistas iranianos e do Qatar que reuniam as condições de participação, mas nenhuma referência é feita relativamente aos potenciais interessados israelitas. Para piorar as coisas, o contrato estabelecido com as autoridades sauditas é válido para as duas próximas edições, o que levou já o representante israelita na FIDE, Gelfer, a afirmar que na próxima assembleia geral irá apresentar uma queixa formal e um pedido para a rescisão do contrato estabelecido.

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