Desastres naturais custaram 258 mil milhões de euros em 2017

Este valor é muito acima do de 2016.

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Os dados foram revelados pela companhia de seguros Swiss Re, que faz este tipo de cálculos a cada seis meses Reuters/PATRICK T. FALLON

O ano de 2017 foi assolado por desastres naturais de grandes dimensões, como furacões e incêndios, e a perda económica que deles adveio foi mais elevada do que o habitual. A companhia de seguros Swiss Re, que faz este tipo de cálculos a cada seis meses, estima que a perda económica do ano de 2017 seja de 306 mil milhões de dólares (257,8 mil milhões de euros ao câmbio actual), o que representa uma subida importante em relação a 2016, quando as catástrofes naturais custaram 188 mil milhões de dólares (158,4 mil milhões de euros), noticia a Quartz.

Nos Estados Unidos, registaram-se alguns dos furacões mais poderosos dos últimos 12 anos. Os furacões Harvey, Irma e Maria contribuíram para 93 mil milhões de dólares (78,3 mil milhões de euros) das perdas económicas dos desastres globais. Os incêndios na Califórnia, que continuam a lavrar, adicionaram mais 7000 milhões de dólares (5900 milhões de euros). E as tempestades nos estados do Centro e do Sul dos EUA contribuiram 2500 milhões de dólares (2100 milhões de euros). A perda económica analisa a produtividade económica que teria ocorrido caso não houvesse o desastre.

Mas, olhar para as perdas económicas dos desastres naturais pode distorcer a perspectiva do cenário completo a nível de danos mundiais. Isso, porque os países mais ricos, registrariam perdas económicas mais altas do que os países mais pobres. Por exemplo, os números do Sul e Sudeste da Ásia não são marcantes mas, essa zona do continente sofreu inundações este ano que levaram à morte de mais de 1200 pessoas e o deslocamento de outras dezenas de milhares, explica a Quartz.

Outra ressalva é que, embora a maior parte das perdas seja o resultado de desastres naturais, ela inclui os impactos das mudanças climáticas provocados pelo ser humano. Por exemplo, sabemos que à medida que as temperaturas médias globais aumentam, os furacões, inundações e incêndios são mais intensos. Mas o quanto essa maior intensidade contribuirá para as perdas económicas é difícil de avaliar.

Os dados podem ser consultados no site da Swiss Re. Os valores relativos aos incêndios de Junho e Outubro em Portugal não estão especificados.

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