Não-ficção: o melhor do ano

Escolhas de António Araújo, António Guerreiro e Nuno Crespo.

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ex aequo

Mentes Digitais

Arlindo Oliveira

IST Press 

O universo digital, o futuro que é presente, as fronteiras do humano e do não-humano, um livro denso e brilhante. Um advérbio mais enfático: absolutamente brilhante. A.A.

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10

ex aequo

Diante do Tempo

Georges Didi-Huberman

Orfeu Negro

A relevância da arte para o pensamento não está no modo como as obras de arte representam, retratam ou documentam, mas na forma como no seu interior o tempo do mundo conhece diferentes modalidades e desenvolvimentos. . N. C.

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10

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A Ideia de Socialismo. Tentativa de Atualização

Axel Honneth

Posfácio de Pedro A. Teixeira

Edições 70

Pensar “a ideia de socialismo”, depois de todos os desastres do “socialismo real”, é tarefa estimulante e intempestiva. O sociólogo alemão fá-lo a partir de um lugar bem marcado pela “teoria crítica”: ele é o sucessor de Habermas, à frente da Escola de Frankfurt. A.G.

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8

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Holocausto.

Uma Nova História

Laurence Rees

Vogais

O historiador e documentarista Laurence Rees traz-nos uma síntese desenvolvida sobre o que foi o Holocausto; um trabalho assente numa investigação meticulosa e apoiado num estilo envolvente, que doravante se constitui como “obra de referência”. A.A.

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8

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Volta a Portugal

Álvaro Domingues

Contraponto

A paisagem portuguesa e a sua geografia humana encontram no geógrafo Álvaro Domingues o seu mais competente e animado cartógrafo e estudioso. A “volta a Portugal” é um percurso ilustrado por fotografias (do autor) e textos de muitos autores, num trabalho de assemblage e colagem que tem um resultado de amplo alcance e muita inteligência. A.G.

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5

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Tempo de Raiva. Uma História do Presente

Pankaj Mishra

Temas e Debates

Estando na moda os ensaios de largo espectro, escritos por historiadores e não só, Tempo de Raiva aventura-se num campeonato difícil. No fim da leitura, a conclusão de que se trata de um livro fundamental para compreender o nosso tempo de escombros. As ligações profundas entre Vladimir Putin e o Daesh, o Brexit e Donald Trump. Muito mais do que um livro efémero, um texto informado, informativo — e perturbador.  A.A.

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5

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O Exercício Experimental da Liberdade

Delfim Sardo

Orfeu Negro

O anunciado fim da arte e a sua sobrevivência são pontos fundamentais da reflexão acerca da arte nos séculos XX e XXI. Falar sobre eles implica revisitar artistas, obras e exposições que deram corpo a um debate caracterizado pela reflexão acerca das possibilidades da arte no nosso tempo. N.C.

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5

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Textinhos, Intróitos & etc.

Vítor Silva Tavares

Pianola Editores

Vítor Silva Tavares não foi apenas escritor-enquanto-editor, foi também escritor tout court, embora relutante e sem lugar definido nas classificações por géneros. Eis uma amostra abundante da sua escrita avulsa, carinhosa e cuidadosamente reunida e cuidada por várias pessoas. A.G.

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2

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Homo Deus. História Breve do Amanhã

Yoval Noah Yarari

Elsinore

Indiscutivelmente controverso, porventura superficial, características destes “ensaios de grande fôlego”, Homo Deus é, acima de tudo, desconcertante. Por vezes, por vontade do autor e do seu impetuoso desejo de conquistar o “grande público”. Outras vezes, porque o desconcerto é imposto pela realidade do mundo. A.A.

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2

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Arte Portuguesa no Século XX.

Uma História Crítica

Bernardo Pinto de Almeida

Coral Book

Esta obra, apesar das suas omissões e polémicas, é um contributo assinalável para o debate que é importante ter sobre a arte portuguesa do séc. XX, as suas figuras, linhas de força e princípios caracterizadores. N.C.

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Teoria do acto icónico

Horst Bredekamp

KKYM

A maré contemporânea das imagens — digitais, mediatizadas, informatizadas e manipuladas — constitui um desafio radical para pensar a sua natureza: já não constituem hoje simples ferramentas de mediação e representação, são a natureza do mundo. N.C.

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Dia Alegre, Dia Pensante, Dias Fatais

Maria Filomena Molder

Relógio D’Água

Nas “Palavras prévias” aos mais de vinte textos reunidos neste livro ficamos a saber que nos espera uma “amálgama, no sentido goethiano (alquímico), de preferência”. E, na verdade, neles comparecem tantos temas, tantas disciplinas, tantas artes, tantos autores, que o mais sensato é nem tentar dar uma ideia desta diversidade. Mas amálgama, no sentido goethiano e, portanto, alquímico, não é apenas aquilo que resulta de uma reunião de textos escritos ao longo de mais de uma década (de 2003 a 20016); amálgama é também a operação que cada texto opera no seu interior. É esta a arte do ensaísmo (o ensaio como género encontra nestes textos a mais essencial e elevada realização) que Maria Filomena Molder pratica. Essa arte consiste em cruzar saberes, atravessar as fronteiras das disciplinas, promover encontros e diálogos entre autores que, ainda que situados nos extremos da evolução histórica, de repente ganham o mesmo ar de família. É como num dia de festa - a festa hölderliniana, com os seus dias alegras, os dias pensantes e os dias fatais. A.G.

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