Gigante japonês comprou 15% da CaetanoBus

Mitsui pode subir participação no ano que vem, mas será sempre minoritário.

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A empresa tem vindo a apostar na mobilidade eléctrica Manuel Roberto

A Mitsui, um dos maiores grupos empresariais do Japão (com um volume de negócios da ordem dos 33 mil milhões de euros), adquiriu 15% do capital da CaetanoBus. O valor do negócio não foi divulgado.

Ao PÚBLICO, Jorge Pinto, o presidente da CaetanoBus - que pertence ao grupo Salvador Caetano -, adiantou que o novo accionista pode vir a subir a sua posição no ano que vem, mas que esta será sempre minoritária. O gestor destaca ainda que o seu novo parceiro, além da dimensão global, está “muito orientado para a mobilidade eléctrica” e para as novas tecnologias.

“Para crescer tínhamos de nos aliar a alguém”, diz Jorge Pinto, explicando que a Mitsui, além de aportar recursos financeiros (este é um sector que requer investimentos em áreas como a investigação & desenvolvimento), tem também uma vertente comercial e rede de competências que são importantes, podendo ainda haver sinergias com outras empresas ligadas ao grupo japonês.   

Com um volume de negócios da ordem dos 55 milhões de euros em 2016, a CaetanoBus apresenta-se como o maior fabricante de carroçarias e autocarros em Portugal (exportando 90% da produção) e é líder global no segmento de autocarros de aeroporto através da Cobus (onde detém 60% do capital, cabendo o restante à Daimler).

Em 2015 começou a produzir as primeiras unidades da Cobus 100% eléctricas, área onde também detém o e.City Gold, orientado para zonas urbanas.  

De acordo com o comunicado distribuído pela CaetanoBus e através do qual anunciou esta semana o acordo com a Mitsui, o grupo japonês vai contribuir “para a promoção dos autocarros eléctricos” da empresa “para a Europa, Ásia e para o resto do mundo”.

No seu site, a Mitsui refere que os “veículos eléctricos estão a expandir-se rapidamente, especialmente na Europa e na China, como medida de combate à poluição atmosférica e para proteger o ambiente”.

No caso do mercado de autocarros, diz o grupo, este “é um sector onde se antecipa que a electrificação se espalhe rapidamente”, especialmente nos autocarros urbanos e numa conjuntura em que “as grandes cidades europeias estão a avançar com políticas que promovem activamente a electrificação” deste tipo de veículos.

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