Adesão à greve dos trabalhadores nos turnos da noite foi de 80%

Os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho e a salvaguarda dos postos.

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa foi um dos solidários com os trabalhadores LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A adesão à greve dos trabalhadores dos CTT nos três turnos da noite foi de 80% nas centrais de Lisboa, Porto e Coimbra, adiantou nesta quinta-feira à Lusa Vítor Narciso, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT).

Em declarações à agência Lusa às 8H15, Vítor Narciso adiantou que a adesão à greve de dois dias, por melhores condições de trabalho e pela salvaguarda dos postos de trabalho, atingiu já de forma significativa os turnos que tiveram início às 21h00 e 22h00 de quarta-feira e às 00h00 desta quinta-feira.

"Quando se iniciou o turno da noite, a adesão estava em 80% nas três centrais de correio: Lisboa, Porto e Coimbra. As perspectivas para os turnos da manhã são boas. Só vamos ter dados mais tarde, porque temos de verificar cerca de 900 locais de trabalho", disse.

Contactada pela Lusa, a empresa remeteu dados para mais tarde.

Na terça-feira, os CTT divulgaram um plano de reestruturação que prevê a redução de cerca de 800 postos de trabalho nas operações da empresa ao longo de três anos, devido à queda do tráfego do correio. A empresa tem 12.000 trabalhadores, dos quais cerca de 7000 são da área operacional (rede de transportes, distribuição e carteiros).

De acordo com o SNTCT, a Comissão Executiva dos CTT informou os representantes dos trabalhadores de que pretende reduzir o número de trabalhadores, entre 600 e 700, durante os próximos três anos, com especial incidência em 2019 e 2020.

O SNTCT lembrou que o pessoal foi sendo reduzido de tal forma que a qualidade do serviço está posta em causa.

No arranque da greve, na quarta-feira à noite, estiveram junto à central de distribuição em Cabo Ruivo, em Lisboa, a prestar solidariedade aos trabalhadores, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, e o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, bem como o deputado do Bloco de Esquerda, José Soeiro.

A paralisação foi também convocada pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (SINDETELCO), filiado na UGT.

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