Presos vão ter visitas no Natal e Ano Novo apesar da greve dos guardas

Celso Manata, director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, garantiu nesta quarta-feira que o colégio arbitral decidiu decretar serviços mínimos durante a greve convocada por dois sindicatos.

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A greve irá abranger mais de 90% dos 3900 guardas paulo pimenta

O director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Celso Manata, garantiu nesta quarta-feira que, apesar da greve dos guardas, os reclusos vão ter visitas no dia de Natal e de Ano Novo, bem como a possibilidade de fazer telefonemas aos seus familiares. 

Depois de um braço de ferro entre a direcção e dois sindicatos, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) e o Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional (SICGP), que anunciaram uma greve por causa do novo regulamento de horário de trabalho, um colégio arbitral decidiu que os guardas têm que assegurar serviços mínimos e portanto os presos irão ter visitas, disse Celso Manata.  

Os guardas agendaram greves para entre 24 e 26 de Dezembro e 31 de Dezembro e 2 de Janeiro, uma paralisação que abrange mais de 90% dos quase 4 mil trabalhadores, segundo o Jornal de Notícias (JN). Em causa está o novo horário de trabalho, que começa a ser aplicado a 1 de Janeiro, e com o qual os guardas não concordam: em vez de períodos de 24 horas de trabalho seguidas de 48 horas de descanso, passarão a cumprir turnos de oito horas contínuas - das 8h às 16h, das 8h às 16h, das 16h às 24h, das 24h às 8h, e depois têm uma folga. Algo que Jorge Alves, do SNCGP, garantiu ao JN ser impraticável porque à tarde os guardas estão com reclusos no tribunal e à meia-noite iriam acordar os presos "que tomam medicação para dormir". Defendem turnos de 12h.

Esta quarta-feira, no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), Celso Manata disse que o regulamento tinha sido feito em colaboração com os trabalhadores num processo longo e que o turno das oito horas cumpre o estipulado horário da função pública.

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