Viagem aos microplásticos na Conferência de Natal Ciência Viva

No final da tarde desta quarta-feira, o Teatro Nacional D. Maria II acolhe a conferência de Paula Sobral.

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Na Indonésia EPA/MADE NAGI

“Microplásticos? Nem para enfeites de Natal!” é o nome da Conferência de Natal da agência Ciência Viva esta quarta-feira, 20 de Dezembro, às 19h. O Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, será o local da viagem marítima guiada pela investigadora Paula Sobral, em que poderemos saber melhor o que são os microplásticos e o que podemos fazer para defender os oceanos.

As Conferências de Natal da Ciência Viva são inspiradas nas Conferências de Natal (Christmas Lectures) da Royal Institution de Londres, criadas em 1825 pelo físico e químico inglês Michael Faraday. Esta é já a sexta Conferência de Natal da Ciência Viva, a entrada é gratuita, mediante inscrição, e haverá interpretação em língua gestual portuguesa.

“Muitos dos plásticos que usamos acabam no mar. Com o passar do tempo decompõem-se em fragmentos mais pequenos, sem nunca desaparecerem do oceano”, alerta um comunicado da Ciência Viva. Além destes microplásticos, há ainda os que são usados como matéria-prima na indústria, as microesferas dos produtos de higiene e as fibras do nosso vestuário. “Estas partículas absorvem compostos orgânicos persistentes na água e libertam aditivos tóxicos. Acabam por ser ingeridas por muitos organismos marinhos que as confundem com alimento, podendo depois atingir as populações humanas através do consumo de produtos do mar.”   

Paula Sobral, investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, é quem nos levará a perceber o mundo dos microplásticos criado por nós. Desde 2008 que a bióloga faz investigação em microplásticos e lixo marinho, fundou e preside a Associação Portuguesa do Lixo Marinho, que promove actividades sobre o tema. Também tem colaborado com instituições e agências governamentais para a aplicação da Directiva-Quadro Estratégia Marinha, que determina o quadro de acção comunitária em que os Estados-membros devem tomar as medidas necessárias para obter ou manter um bom estado ambiental no ambiente marinho até 2020. Agora vai dizer-nos como podemos, com pequenos gestos, combater este pequeno grande problema.  

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