Assessora é acusada de deixar prejuízo noutra instituição

Informação é avançada pelo Jornal de Notícias com base em denúncia de antiga directora financeira da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM). Manuela Duarte Neves nega a acusação.

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Manuela Duarte Neves é coordenadora jurídica da Raríssimas LUSA/RUI MINDERICO

Manuela Duarte Neves, actual coordenadora jurídica da Raríssimas, terá deixado em 2015, na sua passagem pelo cargo de secretária-geral da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), um prejuízo de 114 mil euros, noticia esse sábado o Jornal de Notícias com base em acusações feitas por responsáveis dessa instituição.

A denúncia foi feita logo na altura pela então directora financeira da SPEM, Susana Protásio, que, de acordo com as actas das reuniões da direcção, se referia a um “comportamento despesista” da directora geral, que terá deixado a “zeros a almofada financeira” da instituição.

Entre os actos descritos por Susana Protásio incluem-se o pagamento de avenças à empresa de que Manuela Duarte Neves era colaboradora, a contratação de uma secretária ou pedidos de apoio mal formulados. Além disso, a secretária geral receberia um salário superior ao aprovado nas reuniões de direcção.

Depois de afastada da SPEM, Manuela Duarte Neves seguiu directamente para a Raríssimas para ocupar o cargo de coordenadora jurídica, diz o Jornal de Notícias.

Em declarações ao jornal, Manuela Duarte Neves nega as acusações e diz-se “chocada com a cabala moral” de que é alvo, defendendo que é a SPEM que lhe deve “milhares de euros em viagens de avião e em portagens”. “Essa senhora [Susana Protásio] boicotou a minha gestão e as reuniões de direcção, onde avisei que a saúde financeira da SPEM não estava em grande”, responde.

Foi Manuela Duarte Neves, enquanto porta-voz dos trabalhadores, que alertou esta semana para o facto de a Raríssimas estar neste momento sem acesso às suas contas bancárias e impossibilitada de realizar quaisquer pagamentos, pelo facto de não ter uma direcção em funcionamento. Apelou por isso ao Governo que seja nomeada uma comissão de gestão ou outra estrutura de gestão legítima para a instituição.

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