Cristiano Ronaldo garante ao Real Madrid o Mundial de clubes

Um golo do internacional português de livre directo foi suficiente para os espanhóis derrotarem o Grêmio

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Cristiano Ronaldo festeja o seu golo Reuters/AHMED JADALLAH

O domínio do Real Madrid foi claro durante todo o jogo, mas apenas Cristiano Ronaldo conseguiu furar a eficiente barreira do Grêmio e manter os “merengues” no topo do mundo. Em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, os madridistas garantiram, neste sábado, pela sexta vez, a conquista do Mundial de clubes após derrotarem a equipa brasileira, por 1-0, com o golo do novo bicampeão mundial a ser marcado pelo internacional português, na segunda parte, na marcação de um livre directo. Com este triunfo, Zinedine Zidane conquistou o oitavo título como treinador do Real Madrid em apenas 23 meses, com uma média praticamente imbatível: o francês ganhou um troféu pelos madridistas a cada 14,3 jogos disputados.

Como se previa, o Grêmio mostrou no Zayed Sports City Stadium, nos Emirados Árabes Unidos, ser uma equipa disciplinada tacticamente, o que é pouco habitual nos clubes sul-americanos, mas a estratégia excessivamente cautelosa do clube treinado por Renato Gaúcho acabou por fracassar e a formação de Porto Alegre desiludiu, não conseguindo incomodar Keylor Navas durante toda a partida.

Fiel à sua imagem, com um 4x2x3x1 bem definido e dois jogadores que passaram por Portugal no “onze” (Geromel e Bruno Cortez), o Grêmio foi uma equipa solidária e rigorosa, mas nunca mostrou capacidade para impedir que o Real Madrid se tornasse no primeiro bicampeão mundial do século XXI: desde 1993, quando o São Paulo conquistou a prova, que nenhum clube vencia o troféu em anos consecutivos.

A viver um período conturbado internamente — oito pontos de atraso para o Barcelona na liga espanhola —, Zidane apostou em Abu Dhabi nos mesmos onze jogadores que tinha iniciado a final da Liga dos Campeões desde ano frente à Juventus, e o resultado foi mais uma exibição consistente e personalizada: os “merengues” tiveram quase 70% de posse de bola e conseguiram uma diferença esmagadora em remates (20-1).

Apesar da estatística, o jogo não foi fácil para os espanhóis, que depararam quase sempre com uma robusta muralha brasileira. Na segunda parte, no entanto, Cristiano Ronaldo encontrou uma brecha. Aos 53’, após sofrer uma falta, o internacional português marcou o livre e a bola passou pelo meio da barreira formada pelos jogadores do Grêmio, não dando hipóteses de defesa a Marcelo Grohe. Desde Janeiro que Ronaldo não marcava de livre directo pelo Real Madrid. O capitão da selecção nacional voltou a colocar a bola no fundo da baliza brasileira quatro minutos depois, mas o golo foi (aparentemente) mal anulado pelo árbitro da partida. Pouco depois, Modric, considerado justamente como o melhor jogador da competição — Cristiano Ronaldo ficou na segunda posição —, acertou no poste, mas a diferença no marcador manteve-se até final.

Com a vitória no Mundial de clubes, o Real Madrid ganhou pela terceira vez o troféu nos últimos quatro anos e vai terminar o ano de 2017 com cinco títulos conquistados (Liga dos Campeões, liga espanhola, Supertaça de Espanha, Supertaça Europeia e Mundial de clubes), perdendo apenas a Taça do Rei. Mas os números dos madridistas com Zidane como treinador são ainda mais impressionantes. Desde que o francês, há 708 dias, assumiu o comando técnico dos “merengues”, o Real Madrid ganhou oito troféus em apenas 115 jogos disputados.

No terceiro lugar ficou o Pachuca, com dois ex-benfiquistas em destaque. Os mexicanos defrontaram no jogo que decidia quem iria ficar com o último lugar do pódio o Al-Jazira e não deram hipóteses à equipa anfitriã, vencendo por 4-1. O uruguaio Urreta e o argentino Franco Jara marcaram os dois primeiros golos do jogo.

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