Belenenses nunca foi um problema para o Sp. Braga

A equipa minhota venceu com naturalidade os “azuis” do Restelo e voltou aos triunfos na Liga.

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Fábio Martins marcou o primeiro golo do Sp. Braga LUSA/HUGO DELGADO

O Sporting de Braga chegou ao jogo deste sábado, frente ao Belenenses, na ressaca de duas derrotas consecutivas — no terreno do Istambul Basaksehir, em jogo da Liga Europa, e no estádio do Marítimo, adversário directo na luta por um lugar nas provas da UEFA. Mas os dois desaires seguidos não impediram que o Sp. Braga tenha dominado por completo o encontro com os lisboetas e vencido com justiça por 4-0.

A jogar perante o seu público, onde tem sido particularmente forte (o Sp. Braga somava 18 pontos em 21 possíveis no campeonato, tendo perdido apenas um jogo, frente ao FC Porto), a equipa de Abel Ferreira tinha o desafio de provar que a derrota da jornada anterior, no Funchal, com o Marítimo (que interrompeu uma série de oito jogos sem perder na Liga) tinha sido apenas um percalço compreensível perante um adversário que está a fazer, igualmente, um excelente campeonato. E foi isso mesmo que sucedeu.

Sem realizar uma exibição portentosa, longe disso, os bracarenses foram sempre a equipa mais perigosa e, paulatinamente, construíram um triunfo que nunca esteve em causa.

A atravessar um período difícil na Liga — o Belenenses não vencia há cinco jornadas —, os “azuis” têm sentido ainda mais dificuldades quando saem do Restelo: em nove jogos (todas as competições), tinham perdido sete e só venceram uma vez. Pior, sofreram golos em todos os jogos que disputaram fora.

Neste sábado, sofreram mais quatro. O primeiro, ainda, no primeiro tempo, por intermédio de Fábio Martins, protagonista de uma excelente exibição. O médio concluiu da melhor maneira um bom cruzamento de Esgaio, colocando os bracarenses na frente do marcador numa altura em que os homens da casa ainda não tinham feito muito para estar em vantagem.

Mas depois deste golo, e após um início de segundo tempo em que Domingos Paciência tentou arriscar um pouco mais — Pereirinha esteve muito perto de igualar o marcador, valendo Ricardo Ferreira a impedir sobre a linha de baliza, o “chapéu” a Matheus — começaram a haver demasiados espaços no meio-campo “azul”.

Com uma equipa recheada de jogadores velozes, o que se seguiu foi o inevitável. Dyego Sousa finalizou com alguma sorte (tabela) um contra-ataque dos “arsenalistas”, num lance que levou Muriel a ter que ser substituído.

O golo foi um golpe demasiado duro para o Belenenses que sofreria mais dois nos instantes finais da partida, o último dos quais na cobrança de um livre indirecto dentro da área “azul”, estendendo para 16 os jogos sem conseguir vencer em Braga.

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