Os EUA e Portugal: uma aliança estratégica e histórica

A Comissão Bilateral Permanente foi uma ótima oportunidade para realçar os nossos sucessos.

A 38.ª reunião da Comissão Bilateral Permanente (CBP) entre os Estados Unidos e Portugal, que teve lugar esta semana em Lisboa, foi uma oportunidade importante para reforçar a nossa estratégica e histórica aliança. Uma parte central dessa relação reside no facto de ambos os países possuírem uma forte presença diplomática, política e económica e, acima de tudo, um compromisso com a amizade partilhada pelos povos dos dois países. É por causa deste compromisso que reforçámos a nossa relação diplomática através da assinatura de um novo acordo para facilitar o trabalho dos nossos respectivos consulados.

Para mim, a nossa relação foi sendo reforçada repetidamente com o alinhamento das nossas prioridades e compromissos internacionais. Ambas as nações estão profundamente empenhadas em derrotar o ISIS, aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte para que abandone as suas ambições nucleares, e cumprir plenamente os seus compromissos com a aliança da NATO.

Também estamos firmemente comprometidos com a amizade partilhada pelas pessoas dos nossos países. A CBP representou uma oportunidade para discutir o aumento do intercâmbio de pessoas e conhecimento pelo Governo dos EUA, o Governo português, e pelos nossos parceiros na Fulbright, FLAD, FCT e no Instituto Camões. Ambas as partes esperam com entusiasmo a visita do Presidente da República e do primeiro-ministro aos Estados Unidos em junho.

Tendo, até recentemente, sido sempre um empresário, estou especialmente empenhado em maximizar os benefícios para os nossos países fruto de uma relação económica crescente. A CBP foi uma ótima oportunidade para realçar os nossos sucessos. Esta cooperação vai desde a investigação de ponta e projetos comerciais na área da Economia Azul, até fazer de Portugal uma porta de entrada para o GNL vindo dos EUA para a Europa e África, e inclui também o aumento do número de voos diretos entre os Estados Unidos e Portugal.

Um pilar da nossa parceria é a nossa relação militar, que analisámos em detalhe esta semana tanto na CBP como nos diálogos sobre defesa ao mais alto nível. Ao longo destas reuniões, várias vezes me veio à cabeça o parceiro incrível que Portugal é. O compromisso contínuo de Portugal com a Missão de Apoio Resolutivo no Afeganistão, a sua liderança na segurança da zona conturbada do Golfo da Guiné e o seu apoio às missões das Nações Unidas no Mali e na República Centro-Africana são um testemunho da ampla influência internacional de Portugal e do seu empenho em resolver problemas globais.

A nossa aliança estratégica é vital, tendo tropas a trabalhar em conjunto por todo o mundo. É por isso que os Estados Unidos irão reforçar a sua cooperação militar, através de uma maior participação nos principais exercícios de serviço de Portugal na Marinha, Força Aérea e Exército. Além disso, confirmámos o nosso compromisso com a nossa presença continuada e duradoura na Base Aérea das Lajes.

Quanto às Lajes, estamos apostados em encontrar soluções para os desafios que vão surgindo e, através da cooperação e das nossas fortes relações de trabalho com os governos de Portugal e dos Açores, estamos a fazer progressos. Para ser claro, isso inclui preocupações ambientais levantadas pelos nossos parceiros portugueses, que estamos a abordar através da cooperação e do diálogo. Além dos dois contratos de limpeza ambiental já adjudicados, duplicámos o número de encontros bilaterais sobre o meio ambiente desde a última CBP e resolvemos problemas em três locais identificados. Estou confiante de que a lista dos restantes desafios continuará a diminuir através do trabalho árduo dos nossos técnicos.

Esta foi a primeira vez que tomei parte numa reunião da CBP e em Conversações de Defesa de Alto Nível e saí com grande otimismo para o futuro. Estou com muita expectativa em relação aos próximos anos e totalmente empenhado em trabalhar com o governo português, o setor privado e a sociedade civil, de modo a encontrar formas de aprofundar a nossa relação para que todos fiquemos mais seguros e mais prósperos.

O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

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