Portugal prolonga cooperação com CERN até 2030

Até 2021, Portugal prepara a instalação de nova unidade de saúde para tratar por ano cerca de 700 doentes com cancro usando tecnologias de partículas de alta energia.

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Um dos detectores do acelerador de partículas LHC, num túnel em Genebra, na fronteira franco-suíça DENIS BALIBOUSE/Reuters

Portugal vai prolongar até 2030 a cooperação com o Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), que gere o maior acelerador de partículas do mundo, anunciou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

A assinatura do acordo para cooperação científica e tecnológica no período 2018-2030 é esta na sexta-feira, em Genebra (Suíça), assinalando o 25.º aniversário de uma reunião onde foram lançadas as primeiras ideias para o acelerador de partículas LHC. A quota anual de Portugal em 2017 para o CERN foi de 11 milhões de euros, segundo dados do MCTES. 

De acordo com a mesma fonte, o ministro vai assinar um protocolo com a directora-geral do CERN, Fabiola Gianotti, que permitirá alargar a cooperação científica entre Portugal e aquela instituição, “no sentido do desenvolvimento de projectos na área da física experimental de altas energias”. O encontro servirá ainda para discutir desenvolvimento investigação de novas tecnologias pelo CERN.

Uma das questões em debate será a preparação por Portugal da instalação, até 2021, de “uma nova unidade de saúde para tratar anualmente cerca de 700 doentes com cancro recorrendo a tecnologias de partículas de alta energia”, adianta ainda o ministério.

Portugal aderiu ao CERN há mais de 30 anos, ao longo dos quais a participação nacional se traduziu em trabalhos de investigação envolvendo físicos e engenheiros portugueses no acelerador de partículas, além da participação nacional nos programas científicos. 

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