Bombista suicida ataca academia da polícia em Mogadíscio

Grupo extremista ligado à Al-Qaeda assumiu responsabilidade pelo ataque, que matou pelo menos 18 polícias e feriu outros 15.

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Mogadíscio tem sido alvo de vários atentados bombistas nos últimos meses Reuters/FEISAL OMAR

Um bombista suicida infiltrou-se e fez-se explodir esta quinta-feira num campo de treino da Academia de Polícia General Kahiyel em Mogadíscio, capital da Somália. Pelo menos 18 polícias morreram no atentado terrorista que foi entretanto reivindicado pelo grupo extremista islâmico al-Shabab, que tinha sido expulso de Mogadíscio em 2011.

O atacante, que se disfarçou de agente da polícia para conseguir entrar nas instalaçõs da academia, transportava explosivos amarrados ao corpo que fez explodir no momento em que os agentes iniciavam um treino matinal. “A polícia estava a ensaiar para o 74.º aniversário do Dia da Polícia. Quando iam começar os exercícios, um bombista suicida entrou e fez-se explodir”, disse o major Mohamed Hussein, porta-voz da corporação.

O grupo extremista al-Shabab, ligado à Al-Qaeda, que nos últimos meses tem levado a cabo uma nova série de atentados em Mogadíscio e noutras cidades da Somália, assumiu responsabilidade pelo ataque desta quinta-feira. O movimento radical islâmico alegou ainda que o número de vítimas é superior ao balanço oficial feito pelas autoridades. “Matámos 27 polícias e ferimos mais”, disse Abdiasis Abu Musab, um porta-voz do grupo islamista. 

O al-Shabab foi expulso da capital somali em 2011 e, desde então, tem vindo a perder território para as forças de paz da União Africana e para as tropas governamentais.

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