The New Yorker despede jornalista por “conduta sexual imprópria”

Ryan Lizza, correspondente político da revista em Washington, desmente as acusações.

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Ryan Lizza DR

A revista The New Yorker demitiu o jornalista Ryan Lizza devido a “conduta sexual imprópria”. Lizza desmente as alegações.

“A New Yorker soube recentemente que Ryan Lizza se envolveu naquilo que acreditamos ter sido uma conduta sexual imprópria”, disse uma porta-voz da revista em comunicado, citada pelo New York Times, nesta segunda-feira. “Revimos a matéria e, como resultado, cortámos os laços com Lizza. Devido a um pedido de privacidade, não vamos comentar mais.”

Lizza reagiu à situação afirmando que a decisão da New Yorker foi realizada “apressadamente e sem uma investigação completa sobre os factos relevantes”. “Foi um erro terrível”, disse ainda sobre o seu despedimento, citado pelo New York Times.

“Estou consternado porque a New Yorker decidiu caracterizar como inapropriada uma relação respeitável com uma mulher com quem saí”, justificou ainda Lizza.

Para além de ser correspondente da New Yorker em Washington, Lizza era ainda comentador político na CNN. O canal informou já que o jornalista vai deixar de realizar os seus comentários até que se esclareça o caso.

Esta onda de acusações de assédio e abusos sexuais que têm invadido os Estados Unidos, e que foi desencadeada pelo escândalo envolvendo o produtor de cinema Harvey Weinstein, também já abalou políticos e outros órgãos de comunicação social norte-americanos.

Charlie Rose, histórico apresentador e jornalista, foi despedido da CBS, Glenn Thrush, jornalista de política do New York Times foi também suspenso pelo jornal devido a acusações do género, Matt Lauer despedido da NBC News, ou Michael Oreskes, alto-quadro da NPR, que foi demitido da rádio pública norte-americana, são alguns dos exemplos.

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