Juíza ordena que Exército aceite recrutas transgéneros

Justiça bloqueia novamente medida de Trump de banir militares transgéneros. Pentágono garante que vai cumprir decisão judicial.

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Trump anunciou no final de Julho a decisão de proibir pessoas transgénero de servirem "em qualquer especialidade" militar dos EUA Reuters/KEVIN LAMARQUE

Uma juíza federal norte-americana recusou um pedido da Administração Trump para que a medida para impedir que recrutas transgéneros entrem no exército dos Estados Unidos seja aplicada enquanto se espera o resultado de um recurso judicial. Desta forma, a partir de 1 de Janeiro estas pessoas poderão entrar nas Forças Armadas norte-americanas se assim o pretenderem.

A juíza Colleen Kollar-Kotelly, de Washington, rejeitou assim o pedido da Administração norte-americana para que fosse levantado bloqueio da medida que ela própria decidiu em Outubro, até que, pelo menos, o recurso em relação a esta decisão judicial seja concluído. Kollar-Kotelly argumentou novamente que este veto decidido por Donald Trump viola provavelmente as garantias consagradas na Constituição dos EUA de protecção igual perante a lei, cita a Reuters.

A Casa Branca informou que o Departamento de Justiça já começou a rever as opções a partir daqui e o Pentágono garantiu que vai respeitar a decisão judicial, explicando, no entanto, que os novos recrutas terão que respeitar algumas directrizes para que possam ser aceites no exército.

Trump anunciou no final de Julho a decisão de proibir pessoas transgénero de servirem "em qualquer especialidade" militar dos EUA. Em Agosto, deu entrada um processo, por parte de requerentes não identificados, para tentar bloquear esta decisão.

Em Outubro, a juíza Colleen Kollar-Kotelly concordou que a medida do Presidente não foi “baseada genuinamente nas preocupações legítimas relativamente à eficácia militar ou restrições orçamentais, mas, em vez disso, foi conduzida pelo desejo de expressa desaprovação em relação às pessoas transgénero em geral”, cita a Reuters.

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