Cada família gastou 845 euros em cultura em 2016

No total, 14,8 milhões de espectadores assistiram em 2016 a 32.182 sessões de espectáculos ao vivo, mas apenas 4,9 milhões pagaram bilhete, segundo o relatório anual de estatísticas do INE da área da Cultura

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Paulo Pimenta

As famílias portuguesas gastaram, em média, 845 euros em actividades de lazer e cultura, em 2016, o que corresponde a apenas 4,2% das despesas totais efectuadas, revelou ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Entre as actividades de lazer e cultura nas quais os portugueses gastaram dinheiro em 2016 estão espectáculos ao vivo, idas ao cinema ou ao teatro, compra de livros, jornais e artigos de papelaria, equipamento fotográfico e audiovisual, e realização de férias organizadas.

No relatório anual de estatísticas do INE da área da Cultura, lê-se ainda que, nas zonas predominantemente urbanas, as despesas médias com cultura e lazer foram quase o dobro em relação às zonas mais rurais, totalizando 953 euros e 500 euros respectivamente.

De acordo com o INE, em 2016 os preços de bens e serviços no consumidor aumentaram 0,7% em relação a 2015.

Ainda sobre estatísticas de consumo, e citando um inquérito à educação e formação de adultos, o INE revela que, no ano passado, 67,2% dos residentes entre os 18 e os 69 anos assistiram a espectáculos ao vivo e, desse universo, 45,6% disse ter ido pelo menos uma vez ao cinema.

Em 2016, 61,2% dos inquiridos disse não ter lido qualquer livro enquanto actividade de lazer.

Quanto às estatísticas dos espectáculos ao vivo - que incluem concertos rock, fado, música clássica, teatro, ópera, dança, folclore ou circo -, o INE dá conta que em 2016 houve um aumento tanto no número de espectadores como na receita obtida.

No total, 14,8 milhões de espectadores assistiram em 2016 a 32.182 sessões de espectáculos ao vivo, mas apenas 4,9 milhões pagaram bilhete.

O preço médio por bilhete ficou mais caro (13%), em 2016, passando de 15,4 euros para 17,4 euros.

A realização de espectáculos ao vivo gerou um total de 85 milhões de euros de receita, o que representou um aumento de 42,6% face a 2015, ano em que se registaram 59,6 milhões de euros.

O teatro continua a ser a actividade cultural com mais sessões por ano, mas a que registou mais espectadores (7,3 milhões) e receitas de bilheteira (63,2 milhões de euros) foi a música

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