“Slimani? Se o quiserem meter cá, agradeço”, diz Jorge Jesus

Treinador do Sporting vai fazer rotação na equipa no jogo da Taça com o Vilaverdense.

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Reuters/RAFAEL MARCHANTE

O treinador do Sporting irá apostar numa equipa com jogadores menos utilizados para defrontar o Vilaverdense nos oitavos-de-final da Taça de Portugal, reforçando o desejo de alcançar a final no Jamor. “É mais uma competição, em que temos ambição de chegar à final. Na Taça há muitas surpresas, num jogo tudo pode acontecer e é legítimo que estas equipas queiram estar na final também. Amanhã [quarta-feira] vamos trabalhar para sermos melhores que o Vilaverdense. Temos essa responsabilidade”, começou por referir Jorge Jesus, na antevisão ao jogo de quarta-feira (19h, SP-TV1) diante do conjunto do Campeonato de Portugal.

O técnico “leonino” conhece o valor do adversário, porém afirmou que vai apostar numa equipa menos rotinada. “[O Vilaverdense] tem 38 golos marcados, estão a fazer um excelente campeonato e tudo isso conta. O Sporting está focado neste jogo com o maior respeito pelo Vilaverdense e não posso olhar para este jogo de uma forma separada. Os jogadores que vão jogar amanhã [quarta-feira], para nós, vão ser os melhores e vão jogar alguns que não têm jogado”, assegurou. Jorge Jesus justificou a sua resposta enaltecendo importância de dar “responsabilidade” a atletas que têm menos minutos, de forma a tornar as suas opções “mais competitivas”.

A abertura do mercado de transferências, em Janeiro, é algo que não preocupa o técnico, mas lembrou que não existem certezas quanto a entradas e saídas do plantel. “A janela vai abrir e tudo pode acontecer, não há certezas. Nós estamos em cima do mercado, a saber trabalhar com ele, mas estamos contentíssimos com os jogadores que temos. Temos que fazer um equilíbrio e se tivermos que fazer um ajustamento o presidente vai fazer”, explicou.

Ainda sobre o mercado, o técnico foi questionado com a possibilidade de voltar a trabalhar com o argelino Slimani, que é pouco utilizado nos ingleses do Leicester City, sublinhando, por outro lado, que Bryan Ruiz poderá ser um grande reforço para a segunda metade da época. “Falo do Slimani porque é um jogador querido para nós, sabemos que não está a jogar, mas não temos mais nada factual. Se o quiserem meter cá, agradeço, mas isso é outra questão. O Bryan está a apanhar um comboio difícil, com um andamento muito alto e pode ser o grande reforço de Janeiro”, terminou.

Astana “não é desconhecido”. O problema são os quilómetros

Jorge Jesus lamentou ainda a longa viagem que o Sporting terá que fazer até ao Cazaquistão (cerca de sete horas de avião), para defrontar o Astana nos 16 avos-de final da Liga Europa, mas admitiu que havia equipas mais fortes no sorteio. “Calhou-nos uma equipa onde temos que percorrer muitos quilómetros. Temos que fazer uma logística para dar as melhores condições à equipa, principalmente no regresso, porque depois temos outro jogo fora com o Tondela”, notou o técnico.

Sobre o valor dos cazaques, que foram adversários do Benfica na fase de grupos da Liga Europa na temporada 2015-16, Jorge Jesus reconheceu que havia clubes teoricamente mais fortes que podiam ter saído em sorte aos “leões”. “Não é desconhecido. Sabemos do valor do Astana, há equipas com mais valor, mas na prática isso não quer dizer nada. Vamos disputar uma eliminatória com um adversário que tem todas as hipóteses de passar à fase seguinte. Temos muito tempo para trabalhar sobre essa viagem”, alertou.

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