A norte-americana Kimberly Jones, mãe de Keaton Jones, o rapaz que queixou-se ser vítima de bullying num vídeo que se tornou viral, é acusada de racismo após terem sido divulgadas duas fotografias da sua conta de Facebook que mostram Kimberly e Keaton com bandeiras da Confederação, normalmente associadas ao racismo, nos EUA.

Kimberly Jones falou no programa Good Morning America do canal ABC defendendo a família contra as acusações de racismo: “Não somos racistas”, disse, afirmando que a fotografia é real mas “tinha intenção de ser irónica, divertida e extrema”. “Estou genuinamente e verdadeiramente arrependida e se pudesse voltar atrás, faria-o”, acrescentou.

Keaton tem corrido as bocas do mundo com o seu vídeo onde chora contando que é vítima de bullying e tentando apoiar quem também o é. O vídeo chamou a atenção de várias celebridades após a sua publicação. Mesmo depois da polémica que envolve acusações de racismo, são várias as pessoas que continuam a mostrar o seu apoio dizendo que conseguem separar o caso de bullying que Keaton sofre e as acções da sua mãe.

Em entrevista ao mesmo programa, Keaton revelou estar bastante surpreendido com a atenção que ganhou de várias celebridades, incluindo o Presidente Trump que o convidou para uma visita a sua casa. “Toda esta atenção é óptima, estou sem palavras”, disse Keaton. “Fiz o vídeo para alertar sobre o bullying. É algo de sério que acontece na nossa sociedade”, acrescentou.

Kimberly Jones, a mãe de Keaton, é também acusada nas redes sociais de usar a sua história para extorquir dinheiro das pessoas. Jones aprovou uma campanha na plataforma GoFundMe para os estudos do filho mas disse à ABC que as outras campanhas criadas são falsas. “Se me quiserem odiar, tudo bem, mas mesmo assim falem com os vossos filhos sobre esta epidemia”, referiu à ABC News.