Habitantes em Castelo de Paiva deixaram as casas face ao risco de derrocada

A medida foi tomada preventivamente, em articulação com a protecção civil. Horas depois a situação estava normalizada.

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O mau tempo dos últimos dias provocou estragos no concelho de Castelo de Paiva Paulo Pimenta

Dezenas de habitantes de Raiva, Castelo de Paiva, deixaram as suas casas, no domingo à tarde, devido ao mau tempo, face ao perigo de derrocada da encosta de São Domingos, situação normalizada horas depois.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara, Gonçalo Rocha, explicou esta segunda-feira que a medida foi tomada a título preventivo, em articulação com a protecção civil, porque se receava que a chuva forte pudesse levar à queda de uma grande quantidade de rochas daquela encosta íngreme próxima do rio Douro e afectasse as casas da zona.

Ao fim da tarde de domingo, os populares foram deslocados para um equipamento desportivo da freguesia, onde aguardaram que as condições do tempo melhorassem.

"As pessoas compreenderam o nosso pedido", acentuou o autarca.

Pouco antes da meia-noite, quando o tempo já era mais favorável, foi dada indicação às pessoas de que podiam regressar às suas casas em segurança e assim repor a normalidade, acrescentou o presidente.

O autarca de Castelo de Paiva observou que a situação de risco na encosta de São Domingos está identificada há vários anos, mas os recentes incêndios que afectaram o concelho diminuíram a vegetação e aceleraram a erosão do solo e também o risco de derrocada.

A resolução do problema, frisou, obriga a um investimento muito elevado e o autarca espera que a situação possa ser resolvida rapidamente, referindo que o Governo, através do Ministério do Ambiente e da Secretaria de Estado da Proteção Civil, é conhecedor da situação. Ao mesmo tempo, está a ser preparado pela autarquia um projecto para a intervenção. 

O mau tempo dos últimos dias provocou vários prejuízos no concelho de Castelo de Paiva, destacando-se a queda de árvores que obstruíram estradas. Entre os estragos contam-se ainda quedas de muros e condutas destruídas pelas grandes deslocações de água facilitadas pela destruição da vegetação provocada pelo grande incêndio de Outubro.

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