Um santo Natal com os Beatles e os Stones

Mesmo a tempo da época festiva, os Beatles compilam numa caixa os discos de Natal que, entre 1963 e 1969, enviavam aos membros do seu clube de fãs e os Rolling Stones reúnem as actuações ao vivo feitas para a BBC entre 1963 e 1965.

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The Beatles Christmas Records compila os discos que, entre 1963 e 1969, a banda enviava aos membros do seu clube de fãs Mark and Colleen Hayward/Redferns

Ah, o Natal, época de partilha e de comunhão, época de fraternidade, de ruas iluminadas e mil anúncios a brinquedos na TV. O Natal, tanto para oferecer, tanto que escolher, tanto disco preparado para ser lançado a tempo da quadra. Os Beatles não podiam faltar. E, justiça lhes seja feita, dificilmente se encontraria algo mais de acordo com a data: The Beatles Christmas Records, caixa decorada com John, George, Paul e Ringo sorrindo-nos com barretes de Pai Natal na cabeça, é o título da nova edição, que compila dos discos que, entre 1963 e 1969, a banda enviava aos membros do seu clube de fãs.

É a primeira vez que os discos têm edição comercial. Além dos flexi-disc originais, onde os Beatles cantam Jingle Bells, onde Lennon se entrega a bom surrealismo lírico, onde se ouvem colagens musicais como em programa televisivo ou Tiny Tim a interpretar Nowhere man em ukulele. Além da música, a caixa inclui um folheto de 16 páginas com notas sobre as gravações e memorabilia associada.

Os Beatles oferecem-nos a sua muito peculiar música de Natal, os Rolling Stones, naturalmente, não podia ficar atrás. O Natal deles, porém, é substancialmente diferente. É rhythm’n’blues, é blues, é rock’n’roll (ao vivo). On Air é o nome da nova edição da banda e uma viagem aos seus primórdios, quando Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts, Bill Wyman e Brian Jones estavam no processo de saltar dos pequenos clubes de Londres para o estrelato global. A nova edição compila actuações ao vivo, devidamente remasterizadas, para programas da BBC (The Joe Loss Pop Show, Top Gear, Saturday Club, Yeah Yeah, Blues in Rhythm) e agrupa originais da banda, como (I can’t get no) satisfaction ou The last time, com as versões de Chuck Berry ou Bo Diddley que protagonizaram a fase embrionária da sua carreira. É todo um outro Natal (rock’n’roll).

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