Palavras, expressões e algumas irritações: embaixada

A “representação diplomática do governo de um país junto de um país estrangeiro, chefiada por um embaixador”, é uma “embaixada”. Resolveu Donald Trump transferir a embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém. E a “raiva” soltou-se.

A explicação que se lê no dicionário para “embaixada” é a seguinte: “Representação diplomática do governo de um país junto de um país estrangeiro, chefiada por um embaixador.” Também se pode traduzir por “residência ou local de trabalho do embaixador”. Para que tudo fique claro, registe-se também a definição de “embaixador”. Trata-se do “representante de um chefe de Estado junto de outro”.

Resolveu Donald Trump transferir a embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém. Justificação do Presidente dos EUA: “Decidi que é tempo de reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel.”

O mundo não gostou e “virou-lhe as costas”. Excerto de notícia de quarta-feira: “O secretário-geral da ONU, António Guterres, falou de um momento de ‘grande tensão’, o Presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que a acção do seu homólogo norte-americano foi ‘lamentável’. Egipto e Jordânia dizem que a declaração ‘não tem validade’. A Turquia foi mais longe: o discurso ‘é uma clara violação da lei internacional’, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.”

A “raiva” soltou-se em Jerusalém, Cisjordânia e Faixa de Gaza, provocando quatro mortos e vários feridos. “A decisão dos EUA inflamou vários países no Médio Oriente e na Ásia, como a Indonésia, a Malásia, o Paquistão e o Afeganistão”, noticiou-se na sexta-feira.

Há um significado inesperado para “embaixada” que um dicionário de origem brasileira nos deu a conhecer: “Virtuosismo do jogador que domina plenamente a bola. Podendo fazer inúmeras jogadas sucessivas, sozinho, sem deixar que ela vá ao chão.”

Mas a longa disputa pela cidade santa não é como um jogo de futebol e já fez muitos homens cair por terra. Demasiados.

A rubrica Palavras, expressões e algumas irritações encontra-se publicada no P2, caderno de domingo do PÚBLICO

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