Portugal sem medalhas nos Europeus de crosse

Os campeonatos que decorreram na Eslováquia tiveram domínio turco-queniano.

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Como se antevia, não foi ainda na 24.ª edição dos Campeonatos Europeus de crosse, neste domingo disputados em Samorín, na Eslováquia, que Portugal voltou à obtenção de medalhas no certame. Rui Pinto, com o 16.º lugar na prova masculina, foi o português mais destacado individualmente, mas quem esteve melhor foi a equipa feminina, que mesmo correndo totalmente desfalcada esteve perto do pódio, no quarto lugar.

Os Europeus tiveram domínio turco, alicerçado em atletas quenianos importados, que ajudaram a assegurar duas medalhas de ouro nas provas seniores e o triunfo colectivo masculino, num belo dia soalheiro mas frio e ventoso, numa autêntica pista de relva.

Na corrida masculina, o grande embate na frente ocorreu entre o turco-queniano Kigen Özbilen e o espanhol, de origem marroquina, Adel Mechaal. Este ainda andou isolado durante um quilómetro, embora sempre com navegação à vista, mas no quilómetro final Özbilen adquiriu meia centena de metros de avanço para se impor com 29m45s, contra 29m54s do espanhol, dando ao seu país a quarta vitória individual masculina consecutiva. O britânico Andrew Butchart fechou o pódio, com 30m00s. Rui Pinto andou sempre por volta do 15.º lugar e o seu resultado de 16.º, com 30m44s, tem de ser considerado positivo. Depois, Samuel Barata foi 20.º, com 30m46s, mas o atraso de Hugo Almeida (54.º, 31m45s) apenas permitiu a Portugal, com a soma de 90 pontos, o oitavo lugar colectivo, tendo a Turquia ganho com 17, face a Espanha (23) e Grã-Bretanha (35). No 65.º posto, Licínio Pimentel já não pontuou para a equipa.

 A corrida feminina não teve história, tal a superioridade da turco-queniana Yasemin Can, que renovou o título alcançado no ano passado em Chia, Itália, terminando com 26m48s, e longos 15 segundos de vantagem sobre a sueca Meraf Bahta. Esta esperou pelos metros finais para vencer sobre a meta a norueguesa Karoline Grovdal (27m04s), que reeditou a posição do ano transacto.

Na parte inicial da prova foi Marta Pen quem mais esteve em evidência do lado luso, andando pelo sexto/sétimo posto, mas a corrida ainda era longa de mais para uma especialista de 1500m e, no final, Marta foi ultrapassada por Catarina Ribeiro, com uma corrida em crescendo, para a posição de melhor portuguesa (respectivamente 18.ª, com 28m00s, e 20.ª, com 28m12s). Inês Monteiro, aos 37 anos, praticamente repetiu a posição do ano passado, em 22.º lugar, com 28m13s, e mais para trás Ana Mafalda Ferreira acabou em 51.ª e Susana Godinho em 66.ª. Com as três que contaram para a equipa, Portugal ficou no tal quarto lugar, com 60 pontos, atrás da Grã-Bretanha (23), Roménia (31) e Turquia (54).

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