Homem condenado a sete anos e meio de prisão por phishing

O arguido conseguiu desviar 96 mil euros de 16 contas bancárias de clientes de Aveiro, Guimarães, Olhão, Lisboa e do Porto.

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O colectivo de juízes condenou ainda um outro arguido, envolvido no processo, por tráfico de droga NFS NUNO FERREIRA SANTOS - PUBLICO

O Tribunal São João Novo, no Porto, condenou esta quinta-feira um homem a sete anos e seis meses de prisão por criar um site falso de um banco e enviar e-mails aos clientes para obter dados e movimentar as contas, uma técnica conhecida como phishing.

O colectivo de juízes condenou ainda um outro arguido, envolvido no processo, a quatro anos e seis meses de prisão por tráfico de droga, depois de lhe terem sido apreendidas em casa "bolotas" de haxixe com cerca de 800 gramas. Já outros quatro arguidos no processo, entre os quais um homem e três mulheres, foram absolvidos por não se fazer prova do seu envolvimento no caso.

O tribunal deu como provado que, entre 8 de Janeiro e 3 de Fevereiro de 2016, o arguido agora condenado à pena de prisão mais alta conseguiu desviar 96 mil euros de 16 contas bancárias de clientes de Aveiro, Guimarães, Olhão, Lisboa e Porto. O homem criou uma página de Internet em tudo semelhante à de um banco e, a partir dela, enviou e-mails aos clientes da instituição, pedindo para actualizar os dados de homebanking para os conseguir obter e, assim, movimentar as contas online.

Aquando das buscas, a Polícia Judiciária (PJ) apreendeu-lhe em casa um computador em que constavam todos os dados pessoais desses clientes. "Agiu em co-autoria com uma rede que operava a partir do Brasil", disse a juíza-presidente.

A magistrada acrescentou que só depois da apresentação da queixa de uma ofendida e da "rápida" intervenção da PJ é que foi possível "desmantelar" esta actuação criminosa, tendo sido possível cancelar a maioria das transferências bancárias e impedir o levantamento de produtos encomendados em lojas comerciais.

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