Tailândia: quando o comboio passa, o mercado pára

Seria um normal mercado da Tailândia — espantoso como todos os outros, mas normal. Com cores explosivas, frutas e legumes, carne, peixe, alguns snacks, roupas. Mas o comboio que o cruza — literalmente — torna-o diferente de todos os outros. Quando, em 1905, a linha de caminho-de-ferro foi anunciada para aquela zona, em Samut Songkhram, a cerca de uma hora de Banguecoque, já o mercado existia ali. Sobretudo para comércio de peixe. O mais expectável seria talvez que o mercado mudasse de lugar. Mas, em vez disso, os vendedores adaptaram-se àquela circunstância, como mostra o projecto Great Big Story. O comboio passa pelo Maeklong Railway Market oito vezes por dia, sete dias por semana. E isso é todo um espectáculo: assim que o comboio dá o sinal de proximidade, há três minutos para levantar os toldos, retirar caixotes da linha (algumas frutas e legumes não sobrevivem). Veêm-se os turistas de telemóveis e máquinas fotográficas na mão. E logo de seguida tudo volta ao normal — ou tão normal quanto possível num mercado rasgado pelo comboio.