Quando o traficante mais procurado do Rio é detido, nem a polícia resiste a uma selfie

"Rogério 157" foi detido nesta quarta-feira, numa grande operação para travar a onda de violência na cidade. No final, polícia e suspeito tiraram fotografias.

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"Rogério 157" é apontado como um dos responsáveis por disputas territoriais violentas entre facções na Rocinha EPA/ANTONIO LACERDA

Um dos principais traficantes da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (Brasil), foi detido esta quarta-feira, durante uma grande operação da polícia na comunidade do Arará, na zona norte da cidade.

O traficante, Rogério Avelino da Silva, de 35 anos, conhecido por "Rogério 157", era procurado por  tráfico de drogas, associação ao tráfico, extorsão e homicídios, sendo apontado também como um dos responsáveis por disputas territoriais entre facções na Rocinha, que provocaram mortes e afectaram o acesso de moradores àquela favela da zona sul.

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Duas das fotografias tiradas pela polícia que foram parar às redes sociais

No seguimento dessas disputas, que provocaram 20 mortos e 14 feridos desde Setembro, "Rogério 157" tornou-se no criminoso mais procurado do estado do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, na altura da detenção, o traficante não terá oferecido resistência. A operação, na qual participaram 950 polícias, seguiu-se a seis dias de confrontos entre facções rivais, acabando Rogério por ser preso na casa onde estava escondido, na favela do Arará.

O traficante não ofereceu resistência mas terá tentado subornar os homens que o prenderam e que, após a operação, tiraram uma série de fotografias ao lado dele - acabaram por ir parar às redes sociais. Em algumas dessas imagens, também o traficante sorri.

Na conferência de imprensa que se seguiu à detenção, o secretário da segurança descreveu o comportamento da polícia como uma “euforia compreensível”, embora tenha sido aberto um processo para averiguar como é que as fotografias foram divulgadas. 

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