“É tempo de reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel”

Presidente norte-americano considera que decisão é "no melhor interesse dos Estados Unidos", apesar das críticas da comunidade internacional.

Foto
Donald Trump reverteu uma política diplomática com décadas LUSA/JIM LO SCALZO

O Presidente dos EUA oficializou nesta quarta-feira o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, ao transferir a embaixada norte-americana para aquela cidade. Donald Trump reverte assim uma tradição na política norte-americana com quase 70 anos.

"Decidi que é tempo de reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel", anunciou Trump, afirmando que toma esta decisão "no melhor interesse dos Estados Unidos" e para procurar a paz entre israelitas e palestinianos.

"Seria um erro assumir que aplicar a mesma receita iria trazer melhores resultados", explicou ainda, referindo que a política de Washington relativamente ao conflito israelo-palestiniano nas últimas sete décadas não aproximou o Médio Oriente da paz.

“Ao longo de todos estes anos, os Presidentes que representaram os EUA rejeitaram reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel”, afirmou. “Na verdade, recusámos reconhecer qualquer capital de Israel. Mas hoje finalmente reconhecemos o óbvio. Que Jerusalém é a capital de Israel. Nada mais nada menos do que o reconhecimento da realidade. É também a coisa certa a fazer. É algo que tem de ser feito”, declarou o Presidente norte-americano. 

Destacando que conseguiu cumprir a promessa eleitoral de transferir a embaixada norte-americana para Jerusalém, ao contrário de vários dos seus antecessores, Trump garante que mantém "o compromisso com um acordo de paz que seja aceitável para ambas as partes", prometendo "fazer tudo" para o alcançar.

Trump anunciou também que o vice-presidente, Mike Pence, se deslocará nos próximos dias ao Médio Oriente para “reafirmar o nosso compromisso de trabalhar com os nossos parceiros no Médio Oriente para derrotar o radicalismo que ameaça a esperança e os sonhos das gerações futuras”.

Sugerir correcção
Ler 17 comentários