Noite de gala do Shakhtar e mais uma proeza para Ronaldo

Equipa treinada por Paulo Fonseca impôs ao líder da Premier League a primeira derrota nesta Champions.

Foto
LUSA/SERGEY DOLZHENKO

Um ponto bastava ao Shakhtar Donetsk para garantir o segundo lugar do Grupo F e o consequente apuramento para os oitavo-de-final da Liga dos Campeões. E já não seria fácil assegurar um empate diante do Manchester City, que até esta quarta-feira somava cinco vitórias em cinco jogos e já estava qualificado. Mas a equipa ucraniana foi mais longe: impôs ao líder da Premier League a primeira derrota na prova (2-1) e estará, com todo o mérito, no sorteio da próxima segunda-feira.

Paulo Fonseca, treinador que está a encantar os adeptos do Shakhtar, é um confesso admirador de Pep Guardiola. E deverá ter estudado ao milímetro um adversário que tem feito uma temporada muito sólida. Sem querer estar dependente do que fizesse o Nápoles na Holanda, a formação ucraniana foi convidando o City a assumir o jogo para espreitar as transições rápida. E o plano deu resultado.

Aos 26', numa excelente investida dos anfitriões, Bernard tirou um coelho da cartola e surpreendeu Ederson, que ficou quase sem reacção. Bola bombeada por cima dos centrais a entrar ao segundo poste, perante a incredulidade do guarda-redes brasileiro.

Mas esse não foi o momento mais baixo do ex-jogador do Benfica na partida. Seis minutos mais tarde, uma bola longa em novo contragolpe do Shakhtar "convidou" Ederson a sair para interceptar a jogada. O brasileiro falhou o corte e Ismaily, lateral que já jogou em Portugal, limitou-se a encaminhar a bola para a baliza deserta.

Guardiola arriscaria mais tarde à procura do empate, lançando Sergio Aguero aos 70' para o lugar de Fernandinho, mas o City estava obrigado a manter os equilíbrios, sob pena de ver avolumar-se o resultado nas transições rápidas do adversário. O jogo caiu então de intensidade e o resultado só sofreu um ligeiro ajuste de grande penalidade, a castigar falta obre Gabriel Jesus na área ucraniana.

Kun Aguero não falhou da marca dos 11 metros, mas também não evitou que se tivesse confirmado o apuramento do Shakhtar, com 12 pontos, mais seis do que o Nápoles (3.º do grupo), que perdeu com o Feyenoord (2-1), equipa que somou nesta noite os primeiros pontos na prova.

Ronaldo, os recordes continuam

Com as duas vagas já entregues no Grupo H, os dois primeiros classificados não facilitaram na última ronda e venceram, o Tottenham com mais conforto, o Real Madrid com mais dificuldade. 

Os "merengues" estiveram a ganhar por 2-0 ao Borussi Dortmund, permitiram o empate (bis de Aubameyang) e fecharam o resultado em 3-2, com um último golo de Lucas Vazquez (81'). O primeiro tinha sido de Borja Mayoral, logo aos 8', e o segundo do inevitável Cristiano Ronaldo (12'), que elevou para nove o total nesta edição da Champions e se tornou no primeiro jogador da história a marcar em cada uma das seis partidas da fase de grupos.

Em Londres, o Tottenham fechou o Grupo H com cinco triunfos, impondo-se por 3-0 ao APOEL, com golos de Llorente (20'), Heung-Min Son (37') e N'Koudou (80'), mas ainda assim ficou longe da maior goleada do dia. Uma das antigas, assinada pelo Liverpool, que em Anfield Road esmagou o Spartak Moscovo por 7-0.

Philippe Coutinho acabou por ser a estrela da companhia, ao assinar um hat-trick (4', 15' e 50'), Sadio Mane não lhe ficou muito atrás (47' e 76') e Roberto Firmino (19') e Salah (86') também se juntaram à festa. Contas feitas, o Liverpool apurou-se em primeiro lugar e o Sevilha, mesmo empatando em casa do Maribor (1-1), segurou o segundo, com nove pontos.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários