Morreu Johnny Hallyday, ícone da música francesa

Era considerado o pai do rock & roll francês, sendo muitas vezes apelidado de “Elvis de França”.

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Johnny Hallyday em 2011 REUTERS/Charles Platiau
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Johnny Hallyday em 2016, durante um tributo às vítimas do atentado ao Charlie Hebdo Reuters/CHARLES PLATIAU
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Em 2009 Reuters/ERIC GAILLARD
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Em 2009 REUTERS/Philippe Wojazer

Johnny Hallyday, considerado o pai do rock & roll francês, morreu nesta quarta-feira, em Paris, aos 74 anos, vítima de cancro, informou a família.

O músico morreu na sua casa em Marnes-la-Coquette, a oeste de Paris, para onde foi transferido após ter deixado uma clínica da capital francesa onde esteve internado seis dias, segundo um comunicado divulgado pela mulher, Laeticia.

“Johnny Hallyday partiu. Escrevo estas palavras sem acreditar. (…) Ele deixou-nos esta noite como venceu tudo ao longo da sua vida, com coragem e dignidade”, escreveu.

Jean-Philippe Léo Smet, de seu verdadeiro nome, nasceu em Paris, na França ocupada de 1943. Filho da modelo Huguette Clerc e do artista belga de music hall Léon Smet, viveu em Londres com a tia e o marido desta, um artista de variedades a quem “roubou” o nome artístico.

Conhecido como o “Elvis francês” era sempre comparado em França com o “rei”. Foi precisamente o tema Loving ou, do seu ídolo Elvis Presley, que o levou a decidir que queria ser cantor e tocar em estabelecimentos nocturnos.

Johnny Hallyday publicou em 1960 o primeiro álbum, Hello Johnny. Um ano depois, sai o seu grande êxito discográfico, uma versão francesa de Let's twist again, intitulada Viens danser le twist, que se tornou disco de ouro.

A partir de então, consolidou a sua popularidade, vertendo temas clássicos do rock & roll para francês, e lançou álbuns como Jeune Homme, Rivière... Ouvre Ton Lit y Vie.

Hallyday foi uma das maiores estrelas francesas, com uma carreira de mais de 50 anos e mais de 900 canções, com 100 milhões de discos vendidos.

Entre os seus temas de rock & roll contam-se Rester vivant, O Carole ou Noir c’est noir, a versão francesa de Black is black, de Los Bravos. Também Au Café de l'Avenir, Oh! ma jolie Sarah, Gabrielle, La fille de l’été dernier, Allumer le feu ou os clássicos Mystery train ou Blue suede shoes.

Nos concertos não faltaram também hinos de gerações como Requiem pour un fou, Ma gueule, L’idole des jeunes, Que je t’aime, a lírica J’ai pleuré sur ma guitare ou temas pop como Quelque chose de Tennessee.

Entre as músicas country destacou-se De l’amour. Dos últimos trabalhos figuram a balada Seul e Le pénitencier, uma canção emblemática da sua carreira, gravada em 1964, que é a adaptação francesa do tema folk norte-americano The House of the Rising Sun, popularizado pelos The Animals.

Hallyday morreu devido a cancro do pulmão, doença que anunciou publicamente em Março último.

Nos últimos anos, teve uma saúde frágil, agravada pelos excessos com álcool, drogas e tabaco. Em Dezembro de 2009 foi hospitalizado nos Estados Unidos, tendo estado em coma induzido devido a um grave problema respiratório.

No passado dia 17 de Novembro foi hospitalizado de urgência devido a uma insuficiência respiratória, tendo sido submetido a uma nova sessão de quimioterapia.

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