Venezuela, um ano de protestos

Na Venezuela, o último ano fica marcado pela falta de alimentos e medicamentos básicos e pelas manifestações contra o governo 

Em 2017, centenas de milhares de venezuelanos saíram à rua para protestar contra o governo. Nas estradas, nos muros ou nos cartazes dos manifestantes pode ler-se “Maduro, assassino” ou “Maduro, ditador” Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
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Em 2017, centenas de milhares de venezuelanos saíram à rua para protestar contra o governo. Nas estradas, nos muros ou nos cartazes dos manifestantes pode ler-se “Maduro, assassino” ou “Maduro, ditador” Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS

Para os venezuelanos, 2017 fica marcado pelo agravamento das tensões sociais, políticas e económicas. Cerca de 30 milhões de pessoas têm falta de alimentos ou medicamentos básicos. Para muitos, comer do lixo é uma questão de sobrevivência. A inflação continua a crescer, bem como emigração. Este é o quarto ano de recessão do país.

Ao clima de pobreza juntam-se os protestos. O presidente venezuelano Nicolás Maduro e o seu governo socialista não têm o apoio da maioria da população. Centenas de milhares de pessoas saem à rua para reivindicar melhores condições de vida, eleições, a libertação de dezenas de activistas e pedir ajuda humanitária internacional. 

Entre Abril e Julho, a oposição convocou uma série de protestos para contestar a dissolução da Assembleia Nacional por decisão do Supremo Tribunal (medida revogada pouco depois)
Entre Abril e Julho, a oposição convocou uma série de protestos para contestar a dissolução da Assembleia Nacional por decisão do Supremo Tribunal (medida revogada pouco depois) Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
As primeiras manifestações eram pacíficas, mas alguns jovens começaram a usar máscaras e escudos caseiros para provocarem a polícia
As primeiras manifestações eram pacíficas, mas alguns jovens começaram a usar máscaras e escudos caseiros para provocarem a polícia Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
A polícia e os soldados da Guarda Nacional tentaram proibir os protestos e os jovens responderam com pedras e "cocktails Molotov"
A polícia e os soldados da Guarda Nacional tentaram proibir os protestos e os jovens responderam com pedras e "cocktails Molotov" Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
As forças policiais atacaram os manifestantes com canhões de água e gás lacrimogéneo. Por várias vezes, câmaras filmaram ainda agentes de segurança a disparar contra manifestantes
As forças policiais atacaram os manifestantes com canhões de água e gás lacrimogéneo. Por várias vezes, câmaras filmaram ainda agentes de segurança a disparar contra manifestantes Reuters/CARLOS BARRIA
“Queremos eleições!” foi um dos slogans desta manifestação feminina, que aconteceu em várias cidades, contra o governo de Nicolás Maduro
“Queremos eleições!” foi um dos slogans desta manifestação feminina, que aconteceu em várias cidades, contra o governo de Nicolás Maduro Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
Durante os meses de protestos mais intensos pelo menos 125 pessoas morreram e milhares ficaram feridas ou foram presas
Durante os meses de protestos mais intensos pelo menos 125 pessoas morreram e milhares ficaram feridas ou foram presas Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS
Em 2014, foi criada uma equipa com alunos de medicina, médicos e voluntários para dar a primeira assistência aos feridos dos protestos contra o governo. Em Caracas, existem cerca de 120 voluntários nesta equipa
Em 2014, foi criada uma equipa com alunos de medicina, médicos e voluntários para dar a primeira assistência aos feridos dos protestos contra o governo. Em Caracas, existem cerca de 120 voluntários nesta equipa Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS