ONU lamenta saída dos EUA do pacto global sobre migração

Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas reage à decisão da Administração Trump.

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Comandante do navio Viana do Castelo comunica com migrantes resgatados ao largo da Tunísia JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

O presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Miroslav Lajcák, lamentou a decisão do Governo dos Estados Unidos de se desvincular do processo para adopção de um pacto global sobre migração segura, regular e ordenada, anunciou em comunicado.

Na Declaração de Nova Iorque sobre Refugiados e Migrantes, todos os Estados-membros da ONU reconheceram que nenhum Estado pode gerir a migração internacional por conta própria. Além disso, comprometeram-se a fortalecer as políticas globais de migração~.

Para o efeito, os Estados-membros acordaram ao mais alto nível lançar um processo que conduzisse à adopção de um pacto global em 2018, recorda o porta-voz de Miroslav Lajcák num comunicado publicado no site da Assembleia Geral das Nações Unidas.

“O papel dos EUA neste processo é crítico, pois tem recebido histórica e generosamente pessoas de todo o mundo e continua a ser a casa do maior número de migrantes internacionais no mundo”, afirma o comunicado. Como tal, este país tem a experiência e o conhecimento necessários para ajudar a “garantir que esse processo tenha um resultado bem-sucedido”, sublinha Lajcák.
“O presidente salienta que a migração é um fenómeno global que exige uma resposta global e que o multilateralismo continua a ser a melhor forma de enfrentar os desafios globais”, acrescenta.
Por isso, adianta ainda, as Nações Unidas precisam "do apoio de todos os Estados-membros para chegar a um consenso sobre esta questão complexa".
Na opinião do presidente da Assembleia Geral, "as Nações Unidas não devem perder esta oportunidade de melhorar a vida de milhões de pessoas em todo o mundo”.
 

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