O que (não) fazer para ter mais gostos nas redes sociais

A jovem que é a personagem principal deste vídeo está prestes a viajar para África com uma missão: conseguir mais gostos e comentários nas redes sociais. É este o objectivo principal, disfarçado de programa de voluntariado com um grupo de crianças. Roubou a fórmula aos amigos que segue no Instagram e que têm milhares de gostos em fotografias com crianças africanas ao colo e descrições como “os verdadeiros heróis não usam capas”. Os gostos nas selfies que ela publicava, por outro lado, contavam-se pelos dedos de uma mão. Decidiu por isso embarcar numa aventura “para mudar a sua vida” — mas, principalmente, fazer tremer o número de corações nas suas publicações.

O vídeo, sempre pautado por conselhos irónicos para viajantes e voluntários em países em desenvolvimento, foi desenvolvido pelo Fundo de Assistência Internacional de Estudantes e Académicos Noruegueses (SAIH, em inglês). Desde 2013, o SAIH promove os prémios Radi-Aid que distinguem os melhores (e piores) materiais de comunicação de organizações de caridade. O objectivo é educar contra “a propagação de estereótipos que prejudicam mais do que ajudam”.

Para isso, além do vídeo, desenvolveram um guia real e uma lista para ajudar viajantes e voluntários a repensarem as suas publicações nas redes sociais. Há quatro regras principais: promover a dignidade, pedir consentimento antes de tirar a fotografia, questionar o porquê de querer participar num programa de voluntariado e usar as redes sociais para destruir estereótipos, não torná-los mais fortes. “Usa a tua oportunidade para contar aos teus amigos e stalkers as histórias que ainda não foram contadas. Representa as pessoas de modo a salientar o sentimento de solidariedade e conexão”, aconselham. E, já agora, não uses a hashtag #SavingTheWorld.